Veja a repercussão do PDA no agronegócio

Representantes de setores e federações comentam o primeiro Plano Nacional de Defesa Agropecuária 2015/2020Lançado na manhã desta quarta, dia 6, o Plano Nacional de Defesa Agropecuária (PDA) já repercute no agronegócio brasileiro. Veja como avaliaram algumas das entidades que representam o setor.

Federações

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg), Roberto Simões, destacou a desburocratização de processos como o mais relevante ponto do PDA. Para Simões, a desburocratização é um ponto de partida para ações na área de Defesa Agropecuária, mas que agora é preciso, paulatinamente, colocar em prática as medidas.

– É um plano bastante complexo, mas que traz muitos avanços, especialmente em flexibilização das atividades, simplificação da fiscalização das agroindústrias e trânsito interno no país e a transferência de competências para os Estados – avalia.

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Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, apesar das dúvidas que os produtores podem ter acerca do plano, existem vantagens a serem consideradas.

 – A redução dos custos com medicamentos, após homologação dos remédios veterinários genéricos, sem dúvida é uma vitória para o produtor. Sabemos bem como é importante o combate das pragas nas lavouras e doenças dos rebanhos e também a desburocratização da certificação de inspeção sanitária pode facilitar a comercialização para que os produtores possam levar seus produtos a outros estados do país – comenta o presidente da Faeg.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) ,Carlos Joel da Silva, o decreto que altera parte do Sisbi é um avanço para a agricultura familiar.  Porém, a mudança por si só não resolve, já que no estado ainda tem estabelecimentos apenas com o selo municipal. 

Segundo da Silva, o trabalho agora será unificar a fiscalização de produtos no RS para que sigam as normas estaduais e possam a comercializar com outros estados.

Outras entidades

A presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (SimvetRS), Maria Angelica Zollin de Almeida, criticou algumas medidas do Plano Nacional de Defesa Agropecuária

– Estas alterações são um retrocesso, uma grande temeridade. Quem vai ficar responsável pela fiscalização? O próprio dono do estabelecimento?  – questiona Maria Angelica, reforçando que essa alteração pode prejudicar as vendas para o exterior.

Segundo Alcindo Alves, vice-presidente da Cooperativa de Apicultores de Sorocaba e Região (Coapis), o anúncio feito hoje sobre a mudança na fiscalização não muda nada para ele, já que na prática a fiscalização não é permanente e sim periódica para o setor. Ele disse que, às vezes, chega a ficar de seis meses a um ano sem receber um fiscal na cooperativa.