As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado atingiram 1,6 mil unidades em janeiro, queda de 39,1% na comparação com igual mês do ano passado e recuo de 55,8% ante dezembro, divulgou nesta terça-feira, dia 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias, por sua vez, chegou a 2,6 mil unidades em janeiro, expansão de 19,3% em comparação com igual mês do ano passado e de 0,8% em relação a dezembro.
As exportações de máquinas agrícolas, em valores, totalizaram US$ 302,4 milhões no primeiro mês de 2018, aumento de 110,8% na comparação com igual mês do ano passado e de 1,8% ante dezembro.
O total de máquinas agrícolas exportadas em janeiro chegou a 816 unidades, alta de 92,5% em relação a igual mês do ano passado. Em comparação com dezembro, no entanto, houve queda de 36,6%.
Previsão
A entidade afirmou que deve revisar para cima a sua projeção de vendas de máquinas agrícolas em 2018. Hoje, a expectativa é de crescimento de 3,7% em relação ao resultado de 2017, para 46 mil unidades. A revisão deve ocorrer nos próximos meses.
O vice-presidente da Anfavea para o segmento de máquinas agrícolas, Alfredo Miguel Neto, explicou que o otimismo se deve, em parte, a alguns fatores conjunturais positivos relacionados aos produtores rurais.
“Com a La Niña no ano passado, alguns produtores não plantaram o milho e acabaram correndo para o algodão e hoje estão vendendo a preço bastante alto. Por isso, estão tendo uma rentabilidade positiva”, disse. “Em meio a isso, houve um aumento da área do algodão em 150 mil hectares. E agora os produtores vão voltar a plantar milho, que está bom preço.”
O executivo também destacou que a colheita da safra em Mato Grosso, que, segundo ele, está em 30%, aponta para uma produtividade igual ou superior à do ano passado. “Fora isso, não tivemos nenhum problema de clima, a não ser no sul da região Sul, com o arroz, o que é pontual”, afirmou.
Ele ressaltou ainda que os produtores têm contado com muitos recursos disponíveis para a atividade, mesmo sem o Moderfrota para os grandes produtores. “Há ainda muitas linhas de financiamento atrativas”, disse o executivo, que mencionou a confiança do agronegócio, que tem avançado, tanto dentro quanto fora da porteira.