O acordo de livre comércio entre o Mercosul e Cingapura pode representar um incremento de R$ 28,1 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2041, estimou o Ministério da Economia. Segundo a pasta, no mesmo período, é esperado um aumento de:
- R$ 11,1 bilhões nos investimentos;
- R$ 21,2 bilhões nas exportações brasileiras para o país asiático;
- R$ 27,9 bilhões nas importações.
Além do além do acordo com Cingapura, o Mercosul decidiu reduzir em 10% da tarifa externa comum (TEC). Em novembro do ano passado, o Brasil reduziu unilateralmente a TEC em 10%, aproveitando de uma exceção no regulamento do bloco que permite medidas do tipo para a “proteção da vida e da saúde das pessoas”. Em maio deste ano, após o acirramento da guerra entre Ucrânia e Rússia, o governo brasileiro conduziu uma nova redução de 10%, em diversos produtos.
A homologação da redução pelos demais países do Mercosul é vista pelo governo brasileiro um ato simbólico que fortalece a medida tomada por Brasília no ano passado. O Brasil não conseguiu, entretanto, que a segunda baixa de 10% da TEC fosse homologada por todos neste momento.
A abertura da reunião do Conselho de Mercado Comum contou com a presença virtual de autoridades do Ministério do Comércio e Indústria de Cingapura, que destacaram a conclusão das negociações com o Mercosul para a assinatura de um tratado de livre comércio, que deve ocorrer na reunião de chefes de Estado do bloco nesta quinta-feira (21).
Negociação entre Mercosul e Cingapura
Por se tratar de um entreposto importante para o comércio no sudeste asiático, Cingapura é o sexto principal destino das exportações brasileiras, com US$ 939,360 milhões em embarques em junho, ou 2,88% do total vendido pelo país.
Internacional — Leia também:
+ Febre aftosa na Indonésia preocupa a Austrália
+ União Europeia divulga plano para reduzir consumo de gás em 15% até março de 2023