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Economia

Alckmin defende programa de financiamento das exportações

O ministro Geraldo Alckmin também se comprometeu a olhar com atenção para carga tributária e competitividade

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu um programa de financiamento das exportações, com o objetivo de recuperar espaços nos mercados internacionais perdidos para a China.

Ao participar nesta segunda-feira (16), de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Alckmin observou que o Brasil perdeu presença no mercado argentino, um dos principais destinos dos produtos manufaturados, porque a China financia importadores do país vizinho.

Ao lembrar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi vinculado à sua pasta, o vice-presidente e ministro da Indústria disse defender um programa para financiar as exportações.

Alckmin também pediu para os empresários da indústria enviarem propostas para desburocratização dos negócios, outra frente na qual o seu ministério pretende atacar.

Numa tentativa de tranquilizar os empresários, Alckmin transmitiu na reunião a mensagem de que o presidente Lula pode aprimorar, mas não vai revogar nem reforma trabalhista nem reforma da Previdência.

Reformas

Geraldo Alckmin também se comprometeu a olhar com atenção para duas questões: carga tributária e competitividade.

Neste contexto, uma reforma tributária que simplifique o sistema atual, segundo ele, é central.

Por isso, deve ganhar protagonismo e ser endereçada logo no primeiro ano do governo.

“Ela está madura”, afirmou Alckmin, que defende a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), à semelhança do que existe em vários países, com a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “A reforma pode fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer e trazer eficiência.”

Alckmin defendeu também um programa voltado à produtividade e competitividade, pautado na Educação Básica de qualidade e na aproximação da academia do setor produtivo, na desburocratização e na expansão de acordos internacionais.

Uma viagem do presidente Lula à Argentina, um dos principais mercados importadores do Brasil, está prevista para ocorrer na próxima semana, e a Comissão Bipartite Brasil – Argentina de Produção e Comércio estaria em vias de ser reinstalada, segundo o ministro.

“Três produtos primários, soja, minério de ferro e petróleo, respondem por 75% da exportação brasileira”, lembrou Alckmin. “É muito importante que o Brasil seja um grande competidor de bens agrícolas, mas temos que exportar produtos de valor agregado”, alertou.

O ministro citou ainda a redução dos juros, o aprimoramento da infraestrutura nacional e a economia verde como outras forças motrizes capazes de imprimir à economia mais competitividade e beneficiar os setores produtivos do país.

“Precisamos fortalecer a agricultura, o setor de serviços e a indústria e apoiar especialmente as pequenas empresas, que precisam ter um olhar mais dirigido e possuem um enorme potencial pra crescer”, afirmou. “Queremos audiência e diálogo permanentes para poder aproveitar todas as oportunidades”, acrescentou.

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