Após a demissão de Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras, o governo deve indicar o nome de Adriano Pires para assumir o posto. O nome de Pires ainda precisa passar por aprovação do conselho da estatal. O comentarista do Canal Rural Alexandre Garcia traçou um perfil do provável mandatário da Petrobras.
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“Adriano Pires está há 40 anos no ramo de energia e petróleo e vinha atuando como uma espécie de consultor informal do Ministério de Minas e Energia. Conhecido no mercado como austero e com foco na economia liberal, ele tem ideia de um fundo de estabilização de preços, sem deixar de lado a política de preços internacionais atrelada ao petróleo”, diz.
Na avaliação do comentarista, o fundo de estabilização é importante para evitar um repasse brusco nos preços ao consumidor em caso de alta no barril do petróleo. No entanto, segundo ele, outras variáveis podem interferir na formação de preço dos combustíveis.
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“É preciso considerar que a Petrobras não é a única produtora de combustíveis do Brasil, embora tenha a maior parte das refinarias. Além disso, não é uma pessoa que pode fazer o preço do petróleo baixar, pois o preço depende de muitos fatores, entre eles, a guerra, que tem resultados imprevisíveis”.
Gestão de Joaquim Silva e Luna
Ao avaliar a gestão de Silva e Luna, à frente da Petrobras desde abril de 2021, Alexandre Garcia considera que o agora ex-presidente da estatal fez um bom trabalho.
“O tropeço dele foi o último aumento forte nos preços da gasolina e diesel, mas o trabalho dele pode ser considerado bom, pois em anos anteriores a Petrobras foi usada para abastecer partidos políticos, com dinheiro desviado e preços para dar popularidade ao governo. Ela estava quase quebrada e foi recuperada nas gestões anteriores, especialmente na do presidente Silva e Luna”, ressalta.
