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Agronegócio

Após sessão otimista, dólar termina o dia em queda

O dólar comercial encerrou a sessão cotado a R$ 5,2 para venda, 0,8% abaixo do fechamento anterior

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,8%, cotado a R$ 5,2 para venda. Os principais fatores que levaram a moeda norte-americana a apresentar esse desempenho foram externos: a queda da aversão ao risco e aumento da atividade industrial nos Estados Unidos. O provável aumento da Selic (taxa básica de juros) em até 1,5% também contribuiu para o clima de euforia.

“Hoje estão sendo corrigidas algumas distorções de sexta, que foi um dia muito estressante no mercado. É um dia de dólar fraco no mundo inteiro, também pela questão dos juros no Estados Unidos”, analisa o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

“Os indicadores de atividade global e a divulgação de balanços corporativos trazem alívio à aversão ao risco. Os mercados acionários registram ganhos e o dólar perde força ante as demais moedas”, afirmou o Bradesco em relatório matinal.

Apesar da queda da moeda norte-americana no início da sessão, “as tensões no cenário político poderão trazer grande volatilidade”, segundo Guilherme
Esquelbek, da Correparti.

O Congresso retorna do recesso nesta semana, o que deixa os investidores em alerta a respeito da tramitação de reformas econômicas e em relação à continuidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga erros e omissões do governo em relação à pandemia de covid-19.

Além disso, a perspectiva de aumento nas despesas com o Bolsa Família sinalizado na semana passada por autoridades do governo — também podem ajudar a mitigar a queda do dólar. “As questões fiscais, os precatórios para pagar em 2022 e inflação persistente são fatores negativos”, aponta André.

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