Após quatro meses de queda na comparação anual, a arrecadação de impostos e contribuições federais cresceu em outubro. O recolhimento de tributos somou R$ 215,602 bilhões no mês passado, uma alta real (descontada a inflação) de 0,1% na comparação com o resultado de outubro de 2022, quando o recolhimento de tributos somou R$ 205,475 bilhões, em termos nominais.
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Em relação a setembro deste ano, a arrecadação cresceu 23,39%. De acordo com a Receita, esse é o melhor resultado para meses de outubro, em termos reais, na série histórica iniciada em 1995.
O resultado das receitas veio acima da mediana de R$ 212,6 bilhões das expectativas das instituições ouvidas pela reportagem. O dado ficou dentro do intervalo de projeções, que ia de R$ 205,6 bilhões a R$ 218,771 bilhões.
O Fisco apontou que houve em outubro um crescimento real de 3,28% na arrecadação da Contribuição Previdenciária, em razão do crescimento da massa salarial. O órgão destacou ainda o crescimento real de 8,2% da arrecadação de PIS/Cofins devido ao avanço de vendas e de serviços, além da reoneração da gasolina.
Por outro lado, a Receita citou a redução real de 12,98% na arrecadação de IRPJ e CSLL e a queda real de 12,25% nos recolhimentos do balanço trimestral.
“Ressalta-se que em outubro de 2022 foram registradas arrecadações atípicas, no valor de R$ 3 bilhões”, completou o órgão.
De janeiro a outubro de 2023, a arrecadação federal somou R$ 1,907 trilhão. O volume acumulado no ano é o pior para o período desde 2021 (R$ 1,776 trilhão), em valores corrigidos pelo IPCA. O montante representa um recuo real de 0,68% na comparação com os primeiros dez meses de 2022.