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INTERNACIONAL

BDM Express: agenda cheia em NY testa cautela com Fed

O BDM Express é a versão resumida do BDM Morning Call, referência da pré-abertura do mercado financeiro há 20 anos.

BDM Express: agenda cheia em NY testa cautela com Fed

Antecipado em Davos, o PIB da China, divulgado no fim da noite de ontem, cresceu 5,2% no 4Tri e em 2023, superando a meta (5%). A produção industrial avançou 6,8% em dezembro, acima do esperado (6,5%). Só não se sabe se o mercado reagirá bem, diante da chance de Pequim descartar novos estímulos com a recuperação da economia, fragilizada pela crise imobiliária.

Na zona do euro, hoje tem a inflação do CPI de dezembro (7h) e Lagarde participa, às 12h15, do Fórum Econômico Mundial. Nos EUA, um dia após o Fed boy Christopher Waller ter cortado as asas do mercado sobre a precificação mais dovish para o Fed, a agenda é cheia, com discursos de três dirigentes do BC americano, Livro Bege (16h), produção industrial (11h15) e vendas no varejo (10h30).

Aqui, Haddad quer encontrar com Lula hoje e com Lira amanhã para tratar da MP da reoneração da folha. O encontro não consta na agenda oficial de Lula desta 4ªF, mas o presidente já está diretamente envolvido nas negociações da MP.

Por telefone, Haddad já conversou com Lira, mas quer se encontrar pessoalmente amanhã. Após a rodada de tratativas, o ministro espera ter até o fim de semana um quadro mais claro sobre o tema.

Questionado sobre a chance de o governo usar recursos de uma eventual taxação das compras online internacionais para compensar a desoneração, Haddad disse que não ouviu a ideia de Pacheco ou Lira. O Broadcast informou que a CNI e a CNC vão ingressar no STF com ação contra a isenção das compras de até US$ 50.

Em entrevista ontem ao site do BDM, o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, elogiou a MP da reoneração e defendeu a manutenção da meta déficit fiscal. “Se soltar a meta muito cedo e admitir um déficit de 0,8% do PIB, como o mercado já prevê, não será mais 0,8%, será 1%, 1,5% e até 2%. A meta zero funciona como uma âncora para os gastos públicos”, afirmou.

Segundo ele, a Fazenda vai tentar ganhar tempo até maio, quando sai o segundo relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas, para avaliar a arrecadação e a necessidade de um eventual ajuste da meta.

“O Congresso deveria ser responsabilizado por aprovar uma lei que coloca um elefante de R$ 25 bilhões em cima do tapete sem previsão orçamentária, do mesmo modo que o Executivo deve responder à LRF”, afirmou.

“FED METÓDICO E CUIDADOSO” – Na tentativa de dobrar os exageros do mercado, o Fed boy Christopher Waller foi muito direto ontem. Antecipou só três cortes de juro no ano, de 25pb cada, num total de 75pb. O mercado, que especulava sobre até sete quedas e um ajuste acumulado de 175pb, tomou um susto e puxou as taxas dos Treasuries.

MAIS AGENDA – Três dirigentes do Fed participam de eventos hoje: Michael Barr e Michelle Bowman, ambos às 11h, além de John Williams, às 17h. Saem nos EUA a previsão para as vendas no varejo (10h30) e a produção industrial (11h15). Às 12h, sai o índice NAHB de confiança das construtoras. Aqui, saem as vendas no varejo (9h). Do lado da inflação, saem a prévia do IPC-Fipe (5h) e o IGP-10 (8h), que deve desacelerar a 0,46% em janeiro.

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