O IGP-M de março abre a agenda dos indicadores econômicos do dia (8h). Haddad, que admitiu ontem meta fiscal abaixo de 0,5% do PIB no ano que vem, dependendo das medidas que estão no Congresso, dá entrevista à Rádio Itatiaia, às 7h30, e participa com o presidente francês, Emmanuel Macron, de fórum na Fiesp (14h). Ainda no day after da ata do Copom, Galípolo profere aula inaugural na Unicamp, mas o mercado doméstico já estará fechado (17h30).
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Assim, a maior expectativa hoje fica para o Caged em fevereiro (14h), após a ata ter chamado a atenção para as pressões salariais, que podem ter potencial efeito a inflação de serviços. O ministro Rui Costa antecipou “números extraordinários” das vagas com carteira assinada e Luiz Marinho anunciou que a geração de empregos vai superar 252 mil. O mercado projeta de 130 mil a 330 mil.
A ata do Copom revelou ontem que as incertezas domésticas que justificaram a decisão do Copom de mudar o guidance e definir maior flexibilidade para a condução da política monetária não estão associadas aos riscos fiscais e à política expansionista do governo.
O que preocupa o BC é a elevação da renda, que trouxe “surpresas” para a inflação de serviços. O aumento do salário mínimo, em um cenário de estabilidade da inflação, resultou em aumento do consumo e pode tornar o processo de desinflação mais lento.
O BC deixou claro que está ainda mais dependente dos dados, em especial, da inflação de serviços, e que a trajetória para a Selic não está fechada. Se tudo correr bem, pode vir novo corte de 0,50pp em junho. Se não, a decisão poderá ser mais conservadora.
É cedo, portanto, para alterar as projeções para a Selic no final do ciclo, como mostrou a nova pesquisa com economistas do mercado, embora a curva dos juros futuros tenha operado sob pressão, diante das chances de o cenário não se acomodar.
Um outro aspecto pode movimentar as expectativas: as notas de que o Comitê começa a dar sinais de um racha. A ata citou a defesa que “alguns membros” fizeram de um ritmo mais lento de quedas. Até aqui, os quatro diretores indicados por Lula votaram de forma unânime com os antigos membros do Comitê. A partir de agora, porém, as coisas podem começar a mudar.
MAIS AGENDA – O retorno dos preços agropecuários no atacado ao terreno positivo deve limitar a deflação do IGP-M em março. O índice deve cair 0,25%, segundo a mediana no Broadcast, após ter recuado 0,52% em fevereiro. Os balanços da Marfrig, Hapvida, Oi e Rumo saem depois do fechamento. Marisa adiou os resultados para 2ªF.
PICPAY – Vai divulgar hoje o primeiro resultado positivo anual da história, com receita recorde de R$ 3,5 bi em 2023 (alta de 22% na base anualizada) e lucro líquido de R$ 37 mi, revertendo prejuízo de R$ 693 mi em 2022.
LÁ FORA – O dia começa com a confiança do consumidor em março na zona do euro (7h). O BC da África do Sul decide juro às 10h. Nos EUA, os estoques de petróleo do DoE (11h30) têm previsão de -1,2 milhão de barris. Yellen (Tesouro) faz discurso às 15h30. À noite (19h), o Fed boy Christopher Waller participa de webinar.
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*Por Mariana Ciscato, do BDM