Os pedidos de moderação a Israel pela comunidade internacional, incluindo EUA, UE e, até mesmo, China e Rússia, em um esforço para evitar a escalada das tensões no Oriente Médio, devem conter um impacto maior do ataque iraniano nos mercados globais. Ainda assim, é esperada alguma pressão no petróleo, commodities e dólar, pelo menos até que fique clara qual será a resposta do governo de Netanyahu.
Em paralelo, a agenda da semana é intensa, com balanços dos bancos em NY, dados importantes da atividade americana e chinesa e, aqui, o IBC-Br de fevereiro (4ªF), reunião do Conselho da Petrobras (6ªF), que deverá decidir sobre os dividendos extraordinários, e o anúncio do PLDP e da meta fiscal/2025 hoje à tarde.
Na 6ªF, o Ministério do Planejamento anunciou que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, que estava previsto para ser divulgado às 9h30, será conhecido às 16h30, com a entrevista dos técnicos transferida para as 17h. A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano.
O governo estuda alterar a meta para as contas públicas em 2025 prevista no novo arcabouço fiscal, que é de um superávit de 0,5% do PIB, para um resultado entre zero e superávit de até 0,25% do PIB.
MOMENTO RUIM – A revisão da meta fiscal para 2025 ocorre num momento em que o governo enfrenta dificuldades no Congresso, com a indefinição sobre projetos que impactam as contas públicas, como o benefício às prefeituras, ao Perse e à desoneração da folha.
Com a urgência aprovada, a Câmara pode acelerar a tramitação e colocar em votação nesta semana os projetos do fim gradual do Perse e da reoneração da folha das prefeituras de municípios com até 50 mil habitantes.
PETROBRAS – Se a AGU não conseguir derrubar nesta semana a liminar que afastou do cargo o presidente do conselho de administração da companhia, Pietro Mendes, um interino terá que ser eleito para o cargo. Cogitado para assumir, Francisco Petros, representante dos acionistas minoritários, negou que esteja interessado.
RISCO GEOPOLÍTICO – A reunião do Conselho de Segurança da ONU deixou patente a preocupação da comunidade internacional para evitar que os conflitos escalem na região do Oriente Médio. EUA e países da Europa foram unânimes em defender o fim das tensões.
A Rússia disse que as duas partes, Irã e Israel, devem recuar para evitar um banho de sangue. Antes, a China havia pedido calma. As declarações da Casa Branca afirmando que os Estados Unidos não participarão de uma resposta ofensiva de Israel ao Irã também foram muito importantes.
AGENDA E BALANÇOS – Goldman Sachs reporta nesta manhã dados referentes ao 1Tri/2024, seguidos por BofA e Morgan Stanley amanhã (3ªF). A semana ainda terá Netflix na 5ªF (18) e P&G e Amex na 6ªF (19). Entre os indicadores, destaque para as vendas no varejo de março (hoje, às 9h30) e produção industrial (3ªF) nos EUA. Ainda hoje, sai nos EUA a atividade industrial Empire State de abril (9h30) e, na zona do euro, a produção industrial de fevereiro (6h). Na China, no final da noite (23h), sai o PIB/1Tri, produção industrial e vendas no varejo de março.