Powell volta a falar hoje (16h) e a expectativa de que comente sobre a política monetária se renova, após não ter tocado no tema nesta 4ªF, quando o petróleo assumiu o protagonismo do dia, vindo abaixo dos US$ 80. Os sinais de enfraquecimento da economia global derrubaram o Brent, os juros e as petroleiras mundo afora. Aqui, Petrobras teve perdas na véspera do seu balanço, que sairá à noite junto com Bradesco e mais 14 companhias.
Com a agenda esvaziada de indicadores, o investidor acompanha as palestras de Campos Neto (10h40), que ontem alertou para os riscos de mudança da meta fiscal, e de Diogo Guillen (Política Econômica), em evento do Itaú (11h). A aprovação da reforma tributária no Senado vem a calhar em meio à piora da percepção com as contas públicas.
A PEC passou em dois turnos no plenário por 53 votos a 24, e volta para a Câmara, com chance de ser promulgada sem as mudanças inseridas pelos senadores. A votação foi tensa para o governo. Entre os ajustes finais, o relator Eduardo Braga incluiu o setor de eventos na alíquota reduzida, permitiu aos Estados criarem novo imposto para financiar a infraestrutura e aceitou uma “premiação” para os entes que aumentarem sua arrecadação com a reforma.
A percepção de que esta foi a reforma possível, e não a ideal, não tira o mérito da conquista, que é um grande alento para o mercado.
A META – No Valor, Rui Costa (Casa Civil) não desistiu de emplacar um déficit de até 0,50% do PIB em 2024, tanto que pediu ao relator da LDO, Danilo Forte (UB), para esperar por um movimento até o dia 16 deste mês. Em NY, Campos Neto afirmou que o custo de mudar a meta seria maior do que o benefício, pela incerteza gerada em variáveis macroeconômicas. Haddad, por sua vez, negocia com Lira a aprovação de projetos que podem aumentar a arrecadação.
ROTATIVO – O BC recebeu novas propostas para limitar o prazo do rotativo e reparcelar dívida. Segundo a Folha, a Abranet (que representa parte das maquininhas) sugeriu que a fatura do cartão de crédito vencida pode ser reparcelada, somando-se à fatura dos meses seguintes, com juros menores que o rotativo. Já a Abecs teria levantado a hipótese de se encurtar o prazo que o cliente que não paga a fatura permanece no rotativo, que hoje é de 30 dias.
MAIS AGENDA – Haddad participa esta noite (19h) de evento do Itaú e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) exibe, às 18h20, vídeo de Campos Neto gravado. Sai hoje o fluxo cambial semanal (14h30). Pela manhã (8h), o BC divulga o Relatório de Estabilidade Financeira do 1º semestre. Às 10h, Carlos Vieira toma posse como novo presidente da Caixa.
MAIS BALANÇOS – Além de Petrobras e Bradesco, após o fechamento, saem B3, Cemig, CPFL, Cyrela, Energisa, IRB, Locaweb, Renner, PetroRecôncavo, Petz, Sabesp, Light, Rumo e São Martinho. Fleury não informou horário.
LÁ FORA – Antes de Powell, três dirigentes do Fed falam: Bostic (11h30), Barkin (13h) e Kathleen Paese (14h). Nos EUA, o auxílio-desemprego (10h30) tem previsão de +1 mil pedidos, para 218 mil. Na zona do euro, Lagarde (BCE) discursa às 14h30. ArcelorMittal divulga balanço corporativo. México (16h) e Peru (sem horário informado) divulgam as suas decisões de política monetária.
CHINA HOJE – Inflação ao consumidor (CPI) teve queda anualizada de 0,2% em outubro, próxima da previsão de -0,1%. Preços ao produtor (PPI) seguiram em deflação (-2,6%), praticamente em linha com o esperado (-2,7%).