Esta semana fica a espera pelas decisões de política monetária do BCE (5ªF) e do BoJ (à meia-noite desta 3ªF). A expectativa é de que as taxas negativas no Japão sejam revertidas em algum momento do 2Tri. Na zona do euro, o juro deve começar a cair só a partir de junho. Nos EUA, a agenda dos indicadores é importante, com o PIB/4Tri (5ªF) e a inflação do PCE em dezembro (5ªF), além dos balanços de Netflix (3ªF) e Tesla (4ªF). Aqui, sai o IPCA-15 de janeiro (6ªF). Haddad vai hoje ao Roda Viva (22h).
A equipe econômica foi colocada em córner na 6ªF, quando Pacheco disse que a desoneração da folha de pagamento está mantida até 2027 e que existe um “compromisso político” para o governo retirar a MP. Segundo ele, o tema tem de ser tratado por projeto de lei.
Apesar de taxativa, a declaração de Pacheco em Davos parece fazer parte do jogo e da estratégia de articulação, com desfecho ainda a ser definido pelas negociações, que podem ser arrastar até a volta do recesso.
A eventual derrubada da MP exigiria um contingenciamento maior de gastos pela Fazenda e pelo Planejamento em março, quando será divulgado o primeiro relatório bimestral de receitas e despesas do ano.
A necessidade de contingenciamento maior elevaria a pressão da ala política pela mudança na meta fiscal. Mas a Fazenda tenta adiar ao máximo a desistência do déficit zero para não largar a âncora prematuramente.
Um novo atrito do governo com o Legislativo pode ser aberto hoje pela expectativa de que Lula vete R$ 5 bi dos R$ 16,6 bi em emendas de comissão aprovados pelo Congresso na LOA de 2024. A justificativa para o veto é que é preciso recompor políticas públicas que foram cortadas às vésperas da votação para turbinar emendas de comissão.
Em meio ao espaço orçamentário limitado da União, a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação) considera “muito difícil” o governo melhorar a proposta de reajuste salarial apresentada aos servidores públicos federais. A categoria teve reajuste de 9% em 2022 e o governo propõe mais dois aumentos, de 4,5% cada (2025/2026).
MAIS AGENDA – Além do IPCA, a semana reserva as novas parciais da inflação do IPC-S (amanhã) e do IPC-Fipe (6ªF). O câmbio tem para conferir os dados das transações correntes e IDP de dezembro, que sairão na 5ªF.
LÁ FORA – A previsão para a primeira leitura do PIB/4Tri dos EUA é de alta anualizada de 1,2%. Sai também o PCE/dezembro (6ªF) e os balanços da Netflix (3ªF), Tesla (4ªF), Intel (5ªF) e Visa (5ªF). Lagarde participa de evento hoje (11h). Na 4ªF, sai o PMI composto de janeiro na zona do euro. Os BCs do Canadá (4ªF), África do Sul e Turquia (5ªF) também decidem juro esta semana.
CHINA HOJE – O BC manteve as principais taxas de juros inalteradas pelo quinto mês consecutivo. A chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,45% e a de 5 anos permaneceu em 4,20%.
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