Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Economia

Boletim Focus tem previsão de alta do PIB em 2023 

Na publicação desta semana, economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa para o superávit da balança comercial neste ano

Após a forte expansão do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em fevereiro, o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (2) mostrou melhora no cenário de crescimento econômico deste ano.

A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 0,96% para 1%, contra 0,90% há um mês. Considerando apenas as 63 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 também avançou de 0,99% para 1%.

Para 2024, o relatório Focus mostrou estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, em 1,41%, contra 1,48% de um mês atrás. Considerando, porém, apenas as 59 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 subiu de 1,30% para 1,40%.

Em relação a 2025, a mediana voltou a subir de 1,70% para 1,80%, mesmo porcentual de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que continuou em 1,80%, repetindo a taxa esperada há um mês.

O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do PIB deste ano de 1% para 1,2% no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. Já na grade de parâmetros divulgada em março pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a estimativa do governo para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,1% para 1,61%.

Selic

Na chegada do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Centralde maio, a expectativa para a taxa básica de juros no fim de deste ano continuou estável no Boletim Focus. Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela quinta reunião seguida.

A mediana para os juros básicos no fim de 2023 seguiu em 12,50% ao ano. Para o término de 2024, a expectativa também continuou em 10% pela 11ª semana consecutiva. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,75% e 10%, nessa ordem.

Considerando apenas as 85 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 permaneceu em 12,50%. Para o fim de 2024, seguiu em 10%, com 85 atualizações na última semana.

Na segunda reunião do Copom no novo governo Lula, o colegiado afirmou que a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a dizer que a inflação está desacelerando de forma lenta e que os núcleos continuam altos, com resultados, inclusive, acima do esperado no IPCA-15 de abril. Campos Neto também reforçou que a inflação brasileira tem componente de demanda e que é preciso persistir no trabalho que está sendo feito na condução da política monetária.

Na Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que subiu de 8,75% para 8,88%, de 8,75% um mês antes.

Câmbio

Após algumas semanas de melhora, o cenário para o câmbio brasileiro em 2023 e 2024 ficou estável no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta terça-feira, 2. A estimativa para o câmbio este ano continuou em R$ 5,20, de R$ 5,25 há um mês. Para 2024, a mediana permaneceu em R$ 5,25, contra R$ 5,30 quatro semanas antes.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Dívida

A projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023 caiu de 61,00% para 60,55% no Boletim Focus desta semana, de 61,15% de um mês antes.

Já a projeção para o déficit primário em 2023 continuou em 1,00% do Produto Interno Bruto, de 1,01% quatro semanas antes. Para o déficit nominal este ano, a mediana passou de 7,85% para 7,80% na última semana, mesmo porcentual de um mês atrás.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Para 2024, a projeção para a dívida líquida continuou em 64,00% do PIB, contra 64,50% de quatro semanas antes. Em relação ao déficit primário esperado para 2024, a estimativa continuou em 0,80% do PIB, distante da meta prevista pelo governo de resultado neutro (0% do PIB). Da mesma forma, o déficit nominal projetado na Focus permaneceu em 7% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,80% e 7,10% do PIB, nessa ordem.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023 no Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda. A projeção subiu de US$ 57,70 bilhões para US$ 60 bilhões, contra US$ 55 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana também avançou, de US$ 52,30 bilhões para US$ 54,60 bilhões, de US$ 52,44 bilhões há quatro semanas.

Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023, a mediana deficitária passou de US$ 48,55 bilhões para US$ 48 bilhões, ante US$ 50,84 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa deficitária passou de US$ 52,50 bilhões para US$ 52,75 bilhões, de US$ 52,50 bilhões há quatro semanas.

______________

Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.

Sair da versão mobile