A agricultura foi o setor com maior geração de empregos em abril, com 8.051 novos postos. Isso representa um aumento de 0,52%. A sazonalidade das atividades de cultivo do café e da cana-de-açúcar é apontada como a principal razão para o resultado positivo. A administração pública ficou em segundo lugar, gerando 2.255 postos.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativos a abril, divulgados nesta quarta, dia 25 pelo Ministério do Trabalho. No geral, os números apontam recuo na extinção de vagas de trabalho no país. O fechamento de 62.844 postos de trabalho com carteira assinada no mês foi o menor resultado negativo desde abril de 2015.
O setor de comércio foi o líder no fechamento de vagas em abril deste ano, com 30.507 demissões – seguido pela construção civil, que registrou 16.036 vagas fechadas.
Estados
O estado de São Paulo respondeu pela criação de 1.256 postos. Em todo o país, apenas seis estados registraram aumento do emprego formal em abril deste ano: Goiás (5.170), Minas Gerais (3.886); Distrito Federal (1.202); Mato Grosso do Sul (919); Espírito Santo (466) e Amapá (50).
“O Centro-Oeste apresenta número positivo, apenas com Mato Grosso com número negativo. Em especial, chama atenção o estado de Goiás, com saldos positivos na indústria de transformação – química, construção civil e o setor de serviços e também agropecuária com números positivos de contratações”, diz o secretário substituto de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Márcio Borges.
O pior resultado por região foi no Nordeste, com 25.992 postos de trabalho fechados. “Esse número foi quase 30% menor que o de abril de 2015. Quando a gente pega esse mês de abril [menos 62.844 vagas] e compara com o mês anterior [diminuição de 118.776 vagas], vê que esse número é menor ainda, o saldo líquido é praticamente a metade”, afirma Borges.
No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o país perdeu 378.481 empregos formais. Nos últimos 12 meses, houve a redução de 1.825.609 vagas formais. Os números levam em conta a diferença entre demissões e contratações. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram. Em abril, o país registra 39,315 milhões de trabalhadores com carteira de trabalho assinada.