A preocupação da sociedade com o meio ambiente colocou em evidência, nos últimos dez anos, a profissão do engenheiro ambiental. Considerada uma das carreiras do futuro, responsável pela sobrevivência dos ecossistemas, a atividade tem diversas atuações no mercado e vem se expandido em diferentes áreas. Com possibilidades promissoras tanto no serviço público, quanto no privado, a Engenharia Ambiental chama a atenção de muita gente comprometida com o uso responsável dos recursos naturais.
O engenheiro ambiental atua no diagnóstico, manejo, tratamento e controle de problemas ambientais, urbanos ou rurais. O engenheiro, além de identificar e avaliar a dimensão do problema, consegue propor, projetar, implantar e monitorar a solução. Ele desenvolve e aplica tecnologias para proteger o ambiente dos danos causados pelas atividades humanas.
O coordenador do curso de Engenharia Ambiental na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), José Mierzwa, explica que o engenheiro ambiental tem uma formação multidisciplinar, que permite ao profissional trabalhar em diversas áreas.
O que faz
O professor conta que o engenheiro ambiental atua na avaliação de processos para possibilitar a otimização de seu desempenho ambiental, propondo medidas de redução da poluição e definindo estruturas para o controle da poluição. Além disso, o engenheiro ambiental pode atuar no desenvolvimento de projetos de processos e sistemas. “Em um âmbito mais amplo, pode desenvolver atividades relativas à avaliação de impactos ambientais e empreendimentos, desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e também em companhias de abastecimento e tratamento de água e órgãos de controle ambiental”, diz.
Onde atua
Empresas do setor de petróleo, químico, mineração, siderúrgicas, bebidas e refrigerantes, ainda setor automobilístico e o de geração de energia, trabalhando no acompanhamento das atividades produtivas, processos de licenciamento ambiental e supervisão dos sistemas de controle da poluição, além do relacionamento com os órgãos de controle ambiental. Também podem atuar na área de pesquisa e desenvolvimento das empresas, em companhias de tratamento de água e esgotos, empresas de construção civil e de consultoria ambiental para elaboração de projetos ou estudos de impactos ambientais. Existem empresas do setor financeiro que contratam engenheiros para a avaliação de riscos de empréstimos e outras atividades associadas.
O curso
O curso é organizado em 10 semestres e é dividido em aulas teóricas e práticas. Durante o curso, são vistas disciplinas de cálculo, física, mecânica, probabilidade, estatística e química. As aulas também englobam processos de tratamento de águas e efluentes, planejamento urbano, gerenciamento de resíduos sólidos, planejamento e gestão ambiental, toxicologia ambiental. E ainda a avaliação de impactos ambientais, modelagem de sistemas ambientais, produção e conservação de energia, transporte e meio ambiente.
Aptidões
Segundo o professor, a primeira aptidão é um engenheiro preocupado com a necessidade de desenvolvimento do país e melhoria da qualidade de vida da população, com uma preocupação com as questões ambientais. “As disciplinas de exatas são extremamente relevantes, assim como o seu interesse em inovação, já que, como qualquer engenheiro, o seu foco é o futuro. Saber integrar os conhecimentos técnicos com os de gestão são de grande relevância”, diz.
Faixa Salarial
De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), o piso é de seis salários mínimos para jornada de seis horas, sendo que cada hora adicional a estas vale 25% a mais. Assim, engenheiros com jornada de oito horas diárias devem receber 8,5 salários mínimos por mês, ou seja, R$ 6.154.
Ranking das 20 melhores universidades para cursar engenharia ambiental, segundo o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de 2015
1º Universidade de São Paulo (USP)
2º Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
3º Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
4º Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
5º Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
6º Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
7º Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)
8º Universidade Federal Fluminense (UFF)
9º Universidade Federal de Viçosa (UFV)
10º Universidade Federal do Paraná (UFPR)
11º Universidade Federal do Ceará (UFC)
12º Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
13º Universidade do Vale do Rio Dos Sinos (Unisinos)
14º Universidade Federal da Bahia (UFBA)
15º Universidade Estadual de Maringá (UEM)
16º Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
17º Universidade Fumec (FUMEC)
18º Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
19º Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
20º Universidade Salvador (Unifacs)
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