A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sugere a realização de testes de desempenho para mistura de etanol na gasolina para até 37%.
A proposta foi apresentada pelo chefe do Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas (CPT) da ANP, Alex Medeiros, em workshop sobre a regulamentação da lei do Combustível do Futuro realizado pelo Ministério de Minas e Energia na manhã desta quinta-feira (31).
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A lei do combustível do futuro permite a elevação do teor máximo de etanol anidro na gasolina tipo C dos atuais 27,5% para 35% (E35) e do percentual mínimo obrigatório de 22% para 27%.
Testes de desempenho
De acordo com Medeiros, a proposta da ANP é pela realização de testes de desempenho aos moldes feitos pela agência em 2014, na época para regulamentar o percentual máximo a 27,5%. Os testes de desempenho incluem avaliação da gasolina com maior teor de etanol na gasolina em motores seguindo os critérios de dirigibilidade, partida a frio e retomada de velocidade.
“A sugestão é seguirmos testes em modelos de rampa para mistura de 27%, 30%, 35% e 37%, porque, na prática, a especificação prevista na lei vai de uma faixa de E34a E36 e, em virtude do que pode ocorrer é recomendável avançar nos testes para E37 para a garantia das medidas”, observou o representante da ANP.
A ANP sugeriu que os testes de viabilidade técnica considerem também o perfil de gasolina e questões de armazenamento pós mistura do etanol à gasolina, além de monitoramento dos parâmetros.
O aumento do teor de etanol na gasolina, previsto na lei 14.993/2024, é condicionado à regulamentação técnica da mistura, à aferição de viabilidade técnica e à definição da mota pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).