O Comitê de Política Monetária (Copom) ainda espera uma recuperação robusta no segundo semestre, apesar de alguns dados recentes mostrarem que no início deste período a atividade econômica perdeu força, segundo a ata da reunião mais recente do grupo.
“Ao resultado do PIB do segundo trimestre ligeiramente melhor que o esperado, seguiram-se divulgações de alta frequência marginalmente mais negativas, ainda que evoluindo favoravelmente”, disse o grupo no documento.
“Parte dessas revisões decorre de uma antecipação do crescimento esperado para alguns dos setores mais atingidos pela pandemia; outra parte deriva da menor produção industrial decorrente da manutenção de dificuldades nas cadeias de suprimentos”, acrescentou.
A ata diz que o Copom segue esperando uma “retomada robusta” da economia na segunda metade de 2021 conforme mais pessoas forem vacinadas contra a covid-19 e a doença se torne menos ameaçadora à retomada das atividades.
“Para 2022, o Copom considera que o crescimento da economia será beneficiado por três fatores. Primeiro, pela continuação da recuperação do mercado de trabalho e do setor de serviços, mesmo que em menor intensidade do que se antecipava anteriormente; segundo, pelo desempenho de setores menos ligados ao ciclo de negócios, como agropecuária e indústria extrativa; e, terceiro, por resquícios do processo de normalização da economia conforme a crise sanitária arrefece.”