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DEMANDA

Consumo de energia no Brasil aumentou 8% em fevereiro, para 46.314 gigawatts-hora

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, aumento foi puxado pela classe residencial, que em meio às ondas de calor no início deste ano

Linhas de transmissão de energia, energia elétrica
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) aumentou 8,0% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2023, para 46.314 gigawatts-hora (GWh), informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em sua resenha mensal. Já o consumo acumulado nos últimos 12 meses até fevereiro foi de 538.384 GWh, alta de 5,4% na comparação com igual período anterior.

De acordo com a EPE, esse foi o quinto maior crescimento do consumo em um mês na série histórica do órgão, desde 2004. O aumento foi puxado pela classe residencial, que, em meio às ondas de calor no início deste ano, registrou avanço de 11,1%, para 15.202 GWh. Além disso, o mês de fevereiro mais longo, com 29 dias, também influenciou parcialmente o resultado.

Também houve crescimento de 6,5% no consumo industrial, que alcançou 15.546 GWh. Nos setores eletrointensivos teve expansão de 10,5% na média, acima da expansão de 6,5% da indústria, enquanto nos eletrointensivos subiu 5,4%.

Todos os dez setores eletrointensivos consumiram mais, com destaque para: metalurgia que teve alta de 5,9%, puxada pela cadeia do alumínio primário, mas com contribuição da alta na produção siderúrgica; fabricação de produtos alimentícios teve crescimento de 6,3%, beneficiada pela alta no consumo das famílias e exportações; e extração de minerais metálicos crescimento de 10,2%, puxado pelas exportações de minério de ferro.

Porém, expurgando o efeito do mês de fevereiro mais longo, as taxas de crescimento seriam em média 3,7 pontos percentuais menores e o consumo industrial cresceria 2,8%, o Norte retrairia e as demais regiões cresceriam menos. Ou seja: resultados em linha com os de janeiro de 2024.

No mês passado a classe comercial observou crescimento de 8,8% a 8.895 GWh, influenciado principalmente pelas temperaturas acima da média, pelo bom desempenho do setor de comércio e serviços, e pela adição na base de consumidores comerciais. A demanda por energia em outros segmentos da economia aumentou 3,5% a 6.670 GWh.

Na análise por regiões geográficas, o consumo no Sudeste/Centro-Oeste foi de 26.084 GWh, aumento de 8,0%, em base de comparação anual. No Sul a demanda foi de 9.152 GWh, aumento de 6,1%. No Nordeste houve avanço de 7.018 GWh, elevação de 7,6%, e no Norte de 3.809 GWh, elevação de 13,2%.

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