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Economia

Copom decide baixar a taxa Selic para 3%, menor nível da história

Decisão de corte de 0,75% foi divulgada no final da tarde desta quarta-feira, 6. Esse já é o sétimo corte seguido feito à taxa básica de juros da economia

O Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual. Dessa forma, a taxa Selic, que em março ficou definida em 3,75%, agora está em 3%. A decisão foi feita de forma unânime após dois dias de reunião. Foram levados em consideração para a decisão o cenário econômico em meio à pandemia do novo coronavírus, as expectativas de inflação, queda nos preços das commodities e o balanço de riscos.

Esse já é o sétimo corte seguido realizado na taxa Selic desde julho de 2019. À época, a taxa estava em 6,5%. A expectativa de grande parte dos economistas era de que o comitê decidisse reduzir  os juros constantes em 0,25% ou 0,5%. Mas, o corte acima do esperado ainda caminha com as projeções da taxa para o final de 2020. Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, prevê que o ano será encerrado com a Selic a 2,75%.

Na decisão, o comitê do Copom deixou em aberto a possibilidade de novo corte na taxa Selic em reuniões a serem realizadas nos dias 16 e 17 de junho. Porém, a baixa não deve ser maior do que o atual de 0,75 ponto percentual.

“Para a próxima reunião, condicional ao cenário fiscal e à conjuntura econômica, o Comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do  seu balanço de riscos e ressalta que novas informações sobre os efeitos da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos”.

Na decisão, membros do comitê ainda reforçam que é preciso seguir os projetos de reformas estruturantes para garantir a recuperação econômica do país. “O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”.

Os integrantes do comitê que votaram nessa decisão foram o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fábio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

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