O crescimento estimado do Brasil em 2020 foi reduzido para zero. De acordo com secretários do Ministério da Economia, a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, aliada à guerra do preço do petróleo, fizeram com que o PIB que, no dia 9 de março, estava estimado em 2,1% fosse reduzido a 0,02%.
“Nas últimas duas semanas, uma série enorme de fatores aconteceram e nos fizeram reestimar a nossa modelagem. No mês de março ocorreram seis circuit breakers. Isso é algo inédito. Os efeitos da crise gerada pelo COVID-9 se espalharam de forma sistemática por todos os países do mundo. O que o Brasil enfrenta agora não é nada diferente.”, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.
Apesar da estimativa trazer pessimismo para o cenário econômico, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, se mantém positivo. Ele acredita que ainda é cedo para falar em recessão. “Existe uma grande chance de termos um PIB não-favorável no primeiro trimestre, assim como no segundo trimestre. Mas, esperamos que no segundo semestre, nós consigamos recuperar a economia.”
Graças à aprovação feita nesta sexta-feira, 20, no Senado Federal, do decreto de calamidade pública, o ministério não precisará realizar um contingenciamento de gastos no Governo. Mesmo assim, Waldery reforçou que o teto de gastos não pode ser extrapolado a fim de que a economia do país possa voltar a crescer no segundo semestre.
“Existe um ampla incerteza sobre o que vai acontecer no futuro. Quero ressaltar que a última vez que o mundo viu algo parecido foi na época da gripe espanhola, há mais de 100 anos. É uma crise transitória e é o nosso trabalho fazer com que a população brasileira passe por ela da melhor maneira possível”, completou Sachsida.
