O Relatório de Mercado Focus revisou a projeção de rombo fiscal de 2024, que oscilou para cima. Para o déficit primário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a mediana passou de 0,70% para 0,71%, de 0,70% de um mês atrás.
O relatório bimestral de despesas e receitas divulgado em maio revisou o resultado primário para um déficit de R$ 14,5 bilhões (0,1% do PIB). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou que o governo “dificilmente chegará à meta zero”, até porque o chefe do Executivo “não quer fazer cortes em investimentos e obras”.
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Já a estimativa do Focus para o déficit nominal em 2024 passou de 7,04% do PIB para 7,20%, ante 6,90% do PIB de um mês. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2024 passou de 63,65% para 63,68%, de 63,80% de um mês atrás.
Para 2025, o déficit primário esperado pelo mercado passou de 0,67% para 0,60% do PIB, ante 0,63% de um mês atrás. O novo arcabouço fiscal aprovado no ano passado previa uma meta de superávit primário de 0,5% do PIB no próximo ano, mas o governo alterou a meta para 0% do PIB no projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) para o próximo ano.
O déficit nominal projetado para 2025 passou de 6,39% do PIB para 6,44%, ante 6,30% de um mês atrás. A estimativa para a dívida líquida no próximo ano seguiu em 66,50% do PIB, mesmo patamar de quatro semanas antes.