O dólar comercial tem queda firme frente ao real, renovando mínimas sucessivas a R$ 5,54 – no menor valor intraday desde 14 de outubro – acompanhando o exterior em dia positivo para as moedas de países emergentes que precificam uma possível vitória do candidato democrata, Joe Biden, à presidência dos Estados Unidos. A apuração dos votos ainda não terminou, mas o democrata tem leve vantagem em relação ao presidente Donald Trump.
Para a economista-chefe do banco Ourinvest, Fernanda Consorte, a percepção do mercado é de que com a possibilidade de vitória de Biden, o cenário será melhor a médio prazo para os mercados emergentes já que ele tende a ser mais aberto a negociações com a China. “O que pode aliviar a guerra comercial entre os países e, consequentemente, a taxa de câmbio”, diz.
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Já o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, reforça que a possibilidade de Trump judicializar as regras de voto pelo correio ou pedir recontagem de votos em algumas regiões do país já está assimilada no mercado financeiro. Consorte, porém, chama a atenção para a volatilidade dos ativos caso o atual presidente oficialize uma disputa judicial.
Ainda sobre as eleições dos Estados Unidos, Galdi acrescenta que a expectativa é que o Senado siga liderado pelos republicanos, enquanto a Câmara siga com os democratas. “De qualquer forma, cresce a expectativa pela aprovação de um novo programa de estímulo fiscal”, diz.
Mais tarde, tem a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), seguido do discurso do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell. O profissional da Mirae destaca que o Fed deverá reiterar a necessidade de um novo programa de estímulo para recuperar a economia norte-americana que sofre com os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Às 12h15 (de Brasília), o dólar à vista recuava 1,78%, negociado a R$ 5,556 para venda, após operar na mínima de R$ 5,547 (-1,94%) e máxima de R$ 5,6310 (-0,46%).