O dólar comercial fechou em alta de 0,40% no mercado à vista, cotado a R$ 4,258 para venda, e renova a máxima histórica pelo terceiro pregão seguido, ignorando mais uma atuação do Banco Central (BC) no mercado. Investidores locais buscaram proteção à véspera de um feriado nos Estados Unidos, o que resultou em liquidez reduzida, além da preparação para a Ptax de fim de mês, na sexta-feira.
“O dólar operou por todo o dia em alta testando novamente os níveis próximos aos R$ 4,27 e chamando o BC para o jogo”, comenta o analista da Correparti, Ricardo Gomes Filho.
A autoridade monetária interveio no mercado no início da tarde com o leilão de venda de dólares no mercado à vista, ofertando um lote mínimo de US$ 1,0 bilhão, como nas duas operações realizadas ontem. “Ao passo que o dólar se estabiliza em níveis de máximas históricas, o BC marca presença com operações pontuais no mercado à vista”, acrescenta.
O analista ressalta que indicadores divulgados nos Estados Unidos como o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre acima do esperado, com crescimento de 2,1% na segunda leitura do dado corroboram para um ambiente “mais propício” para a valorização do dólar também no exterior.
Nesta quinta, 28,, analistas apostam em volatilidade em meio ao feriado de ação de graças nos Estados Unidos, que reduzirá a liquidez global, enquanto aqui, será véspera de formação de preço da taxa Ptax – média das cotações apuradas pelo Banco Central – de fim de mês. “A puxada do dólar hoje já é o início da tradicional disputa entre comprados e vendidos. Amanhã, tende a ser uma sessão de muita volatilidade”, comenta o diretor da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.