Economia

Dólar abre em queda com leilões do Banco Central, mas segue acima de R$ 4

A autoridade monetária irá ofertar dólares no mercado à vista, realizando operações simultâneas no mercado futuro com o objetivo de controlar a dubida da moeda norte-americana

dólar
Foto: Agência Brasil

Um dia após encerrar no maior valor desde maio, o dólar à vista abriu a sessão desta quinta-feira, 15, em queda. Os investidores reagem à decisão do Banco Central de mudar a atuação no mercado de câmbio. A autoridade monetária irá ofertar dólares no mercado à vista, realizando operações simultâneas no mercado futuro com o objetivo de controlar o dólar. O ambiente externo mais ameno abre espaço para recuperação do real, mas a moeda norte-americana segue acima da faixa de R$ 4, digerindo dados dos Estados Unidos.

 Às 9h38, o dólar à vista caía 0,32%, cotado a R$ 4,029, com a moeda norte-americana perdendo terreno para as moedas de países desenvolvidos e emergentes, mas passando a medir forças ante os rivais após números da economia norte-americana. O destaque ficou com a alta acima do esperado das vendas no varejo em julho.

Internamente, o mercado reage ao anúncio do Banco Central. De um modo geral, especialistas avaliam como positiva a intervenção da autoridade monetária via uma bateria de leilões, a partir da próxima quarta-feira. 

Segundo o analista de câmbio da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, o que mais chama a atenção é o anúncio de venda direta de dólares no mercado à vista, fato que não ocorre desde 2009. “Mas em respeito ao anúncio do BC e também acompanhando o movimento externo, o dólar abriu a sessão em queda”, observa. 

De qualquer forma, o operador citado acima diz que é preciso estar atento à volatilidade dos mercados financeiros e aos sinais crescentes de desaceleração da economia global, o que pode elevar a pressão em cima do Banco Central. “(A atuação do BC) é importante e preocupante, pois se o mercado piorar muito, os players vão para cima dele”, pondera.

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