Economia

Dólar atinge R$ 4,25 em meio ao temor com coronavírus

O mercado financeiro reflete a aversão ao risco dos mercados globais em meio ao avanço do coronavírus e o receio de uma pandemia

Coronavírus, China
Foto: Peng Ziyang/ Xinhuag

O dólar comercial opera na manhã desta quinta-feira, 30, em alta frente ao real desde a abertura dos negócios, com máxima de R$ 4,25, refletindo a aversão ao risco dos mercados globais em meio ao avanço do coronavírus e o receio de uma pandemia. O número de mortes na China subiu para 170, enquanto há mais de 7,7 mil casos confirmados. Às 9h43 de Brasília, a moeda norte-americana operava em alta de 0,63% no mercado à vista, cotada a R$ 4,246 para venda, enquanto o contrato para fevereiro subia 0,33%, a R$ 4,245.

A aversão ao risco global prevalece na medida em que os números de vítimas do coronavírus são atualizados. A India e as Filipinas, além do Tibet, registraram os primeiros casos da doença. O governo chinês anunciou que destinou US$ 3,9 bilhões para combater o surto do coronavírus que já tem mais casos confirmados do que o Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), epidemia que tomou conta da China entre 2002 e 2003.

O economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, destaca a nova rodada de temores com o coronavirus e os impactos com o comércio. “O receio é que as medidas sanitárias a serem impostas pelos países para deter o avanço da doença freiem o comércio global. Fechar aeroportos é um transtorno, mas fechar portos seria absolutamente desastroso”, avalia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está reunida para decidir se há emergência internacional a respeito do avanço do coronavírus. Na agenda econômica, tem a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado. Para o diretor superintendente da Correparti, Jefferson Rugik, o dado deve mexer com os ativos caso fique “fora da curva”. A estimativa do mercado é de alta de 2,1%.