O dólar comercial fechou em queda de 0,89% no mercado à vista, cotado a R$ 3,89 para venda – no menor nível desde 16 de abril quando encerrou o pregão em R$ 3,9040. O otimismo observado desde a semana passada entre investidores locais com a política prevaleceu, com a percepção de que o ambiente está “positivo” para a avanços significativos da reforma da Previdência no Congresso.
“A percepção do mercado local com a equipe do presidente Jair Bolsonaro, cada vez mais otimista com a reforma da Previdência, que poderá ser aprovada antes de julho na Câmara dos Deputados, ajudou no fortalecimento do real”, comenta o operador de câmbio da Correparti, Guilherme França.
À tarde, a declaração do dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), James Bullard, de que a autoridade monetária pode estar “perto” de cortar a taxa de juros nos Estados Unidos.
“A moeda bateu mínimas sequências após o discurso do presidente da autoridade monetária de Saint Louis, que destacou que a guerra comercial pode impactar a economia norte-americana levando o Fed a cortar juros”, destaca França. Amanhã, sem indicadores fortes na agenda, o discurso do presidente do
Federal Reserve, Jerome Powell, deve atrair o foco dos investidores atentos a alguma pista a respeito da trajetória dos juros norte-americanos. “Acho difícil ter algo muito explícito sobre o futuro dos juros por lá. O Powell já vem falando a respeito, sempre reiterando paciência e atenção aos indicadores”, avalia o diretor de gestão da Meta Asset, Alexandre Horstmann.
Para o diretor da Meta, aqui, o mercado seguirá acompanhando o andamento das votações de medidas provisórias (MPs). “Às vezes, essas MPs não têm nada a ver com a Previdência, porém, pode indicar a capacidade de articulação do governo para aprovar a reforma”, disse.