O dólar comercial fechou em queda de 0,45% no mercado à vista, cotado a R$ 4,332 para venda, interrompendo cinco pregões seguidos de alta e quatro fechamentos consecutivos de máximas históricas. O recuo da moeda no mercado doméstico refletiu a atuação do Banco Central (BC) no qual fez uma operação “surpresa” de swap cambial tradicional – equivalente a venda de dólares no mercado futuro após a moeda abrir o pregão na máxima histórica a R$ 4,383, quando a moeda renovou recorde no intraday.
O diretor de mesa de câmbio de uma corretora nacional destaca que após o aviso do BC, às 10 horas, a moeda entrou em leilão voltando a operar abaixo da casa dos R$ 4,35 e passou a registrar mínimas sucessivas (a R$ 4,31).
“Foi um movimento de desmonte de posições defensivas, que claramente respeitou a forte intervenção da autoridade monetária”, ressalta.
Nesta sexta, 14, na agenda de indicadores, o destaque fica para os dados de atividade da China, de produção industrial e vendas no varejo, no mês passado. Nos Estados Unidos, saem os dados de venda no varejo e a produção industrial, em janeiro. “Se os números vierem fortes, o dólar seguirá fortalecido e poderemos sentir por aqui”, diz o diretor de câmbio do Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
No Brasil, sai a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br – divulgado pelo BC – no qual investidores aguardam os números para a leitura da atividade econômica no quarto trimestre do ano passado. A projeção é de queda de 0,20%, segundo o Termômetro CMA, e pode interromper quatro altas seguidas. Os números anteriores da produção industrial, vendas no varejo e de serviços vieram abaixo do esperado.