CÂMBIO

Dólar cai com alívio nos Estados Unidos

O alívio no mercado norte-americano fez o dólar aproximar-se de R$ 5 e fechar no menor nível em quase um mês

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O alívio no mercado norte-americano fez o dólar aproximar-se de R$ 5 e fechar no menor nível em quase um mês. A bolsa de valores também caiu, influenciada por um anúncio da Petrobras.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (23) vendido a R$ 5,017, com queda de R$ 0,014 (-0,29%). Por volta das 14h, a cotação chegou a operar abaixo dos R$ 5, mas não conseguiu sustentar a queda durante o restante da tarde.

A moeda norte-americana está no menor valor desde 26 de setembro, quando era vendida a R$ 4,98. Com o desempenho desta segunda, a divisa, que subia em outubro, acumula queda de 0,2% no mês. Em 2023, o dólar cai 4,98%.

Ibovespa

O otimismo no câmbio não se repetiu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 112.784 pontos, com recuo de 0,33%. Essa foi a quinta queda seguida da bolsa. O indicador chegou a operar em alta, mas passou a cair após o anúncio de que a Petrobras está fazendo uma proposta para reformular o estatuto social da empresa.

As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) da Petrobras caíram 5,81%. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) despencaram 6,37%. Como as ações da companhia têm maior peso no índice Ibovespa, a queda influenciou o desempenho da bolsa brasileira.

Em todo o planeta, o dólar caiu e as bolsas tiveram um dia de alta com a redução das tensões no mercado financeiro norte-americano. As taxas dos títulos do Tesouro norte-americano de longo prazo, que há poucas semanas atingiram o maior nível desde 2007, recuaram fortemente nesta segunda. Quedas nos juros dessas aplicações, consideradas o investimento mais seguro do mundo, estimulam a entrada de capitais em países emergentes, como o Brasil.

Apesar do agravamento do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, o mercado financeiro ainda não sofreu turbulências significativas porque a guerra, a menos que se alastre pelo Oriente Médio, tem pequeno impacto na produção de petróleo.