O dólar comercial registra nesta terça-feira, 23, forte queda frente ao real. Às 10h58 de Brasília, a moeda norte-americana operava em queda de 1,65% no mercado à vista, cotada a R$ 5,181 para venda em um dia mais positivo no
exterior, além de indicadores econômicos na zona do euro projetarem que a região traça o caminho de recuperação. No Brasil, os investidores digerem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
No exterior, os mercados operam em busca de risco após uma ‘confusão’ de falas sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China. Um dos assessores da Casa Branca, Peter Navarro, declarou em uma entrevista ao canal
Fox News que o acordo ‘estava acabado’, o que levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao seu perfil no Twitter declarar que o acordo firmado com o país asiático estaria intacto.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, além dos mercados voltarem a operar com mais risco após a fala de Trump, os dados econômicos ao redor do mundo também corroboram com a melhora da economia, como os dados da indústria e do setor de serviços na Europa e no Reino Unido melhores do que no mês anterior, mostrando que as principais economias buscam recuperação após os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Nesta terça, o Copom divulgou a ata da reunião da semana passada. O comitê reforçou a mensagem de que um ‘estímulo monetário já implementado parece ser compatível com impactos econômicos da pandemia’.
“O documento não trouxe grandes mudanças em relação ao tom do comunicado da semana passada, mas destacou que os próximos passos demandam cautela. A ata ainda reforçou a mensagem de que o ‘espaço remanescente’ para
novas quedas de juros é ‘incerto e deve ser pequeno’, de tal forma que um novo movimento baixista deverá ser residual”, avaliou a equipe econômica do Bradesco.