O dólar comercial opera em queda de mais de 1,5% frente ao real, a R$ 5,25, em ambiente mais positivo para as moedas de países emergentes em meio aos dados mais positivos na China e nos Estados Unidos. O que leva a divisa estrangeira a perder terreno frente às demais moedas.
Às 10h11 (de Brasília), a moeda norte-americana recuava 1,81% no mercado à vista, cotada a R$ 5,2540 para venda, enquanto o contrato futuro para agosto caía 1,55%, a R$ 5,2580. Lá fora, o Dollar Index operava com leve queda de
0,08%, aos 96,351 pontos.
Enquanto lá fora, o mercado opera sem direção única calibrando as incertezas com a retomada da atividade global e os números melhores do que o esperado da inflação da China, no qual o índice de preços ao consumidor subiu 2,5% em junho em relação ao ano passado, o que indica que recuperação da economia chinesa segue em curso, observam os analistas do Bradesco.
Porém, o aumento significativo do número de casos da Covid-19 nos Estados Unidos seguem no radar e mantém as preocupações dos investidores com uma possível frustração com o ritmo de retomada da economia norte-americana, o que leva o dólar a perder terreno frente as demais moedas.
Há pouco, saiu o número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos até o fim da semana passada, no qual houve queda, somando 1,314 milhão de pedidos. Os analistas previam um total de 1,388 milhão de pedidos. Uma queda no indicador sugere que menos pessoas estão sem trabalho.
Apesar do otimismo visto como pontual, o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, avalia que o mercado segue no contexto em que “uma série de incertezas” começam a se dissipar, enquanto outras ainda estão constantes.
“Porém, com um cenário muito melhor do que há um trimestre. Tudo isso não exime de se manter a necessária cautela. Afinal, o vírus continua vivo e ativono mundo”, pondera.