Economia

Dólar fecha com alta de 1,5%, cotado a R$ 4,58 para venda

Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,505 e a máxima de R$ 4,584

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Foto: Pexels

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 1,5%, sendo negociado a R$ 4,581 para venda e a R$ 4,579 para compra, um novo recorde para um fechamento. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,505 e a máxima de R$ 4,584.

Diante disso, o Banco Central anunciou que fará na quinta, 5, a operação de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – de até US$ 1 bilhão. 

Para o economista da Guide Investimentos, Victor Beyrutti, a melhor ação do Banco Central para conter a alta da moeda estrangeira seria não cortar juros, ao invés de realizar operações como de swap cambial tradicional que estão sendo feitas desde o mês passado.  

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, ressalta que após a nota do Banco Central, emitindo as preocupações com o avanço do coronavírus, investidores entenderam que a autoridade monetária pode ser mais agressiva no corte de juros. “Coisa de 0,50 ponto percentual [indo a 4%]”, comenta. 

Segundo ele, a aceleração nos ganhos também se deve ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 no qual mostrou crescimento de 1,1%, desacelerando-se dos resultados de 1,3% em 2017 e em 2018. Apesar de vir dentro do esperado, o PIB mostrou a fraqueza da economia no ano passado e traz a leitura de continuidade de crescimento lento. 

“O primeiro trimestre deverá ser horroroso para a economia brasileira, principalmente, depois do coronavírus”, diz Rugik. Ele reforça a saída violenta de investimento estrangeiro do país, tanto do mercado de ações como de fundos. Dados da B3 mostraram que em fevereiro, o saldo estrangeiro ficou negativo em US$ 20,971 bilhões, renovando o recorde histórico de saída de não residentes na bolsa pelo segundo mês seguido.