O dólar comercial fechou em R$ 5,1040, com alta de 2,01%. A moeda norte-americana, que chegou a quebrar a barreira dos 3%, foi fortemente influenciada pela tensão na Ucrânia, mas após o discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciando sanções à Rússia, teve significativa desaceleração.
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Segundo o head e sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “a crise na Europa fez com que houvesse uma saída instantânea de dólar dos emergentes, mas poderia ter sido pior. O fluxo estrangeiro ainda segura uma queda maior, embora ainda haja espaço para a moeda estadunidense avançar mais”.
Brigato não acredita que a situação seja de correção cambial: “O movimento é potencialmente geopolítico. Outros fatores acabam sendo secundários”, analisa. Para o executivo, o dólar deve continuar volátil nos próximos dias, variando de acordo com o aumento da crise europeia.
De acordo com a equipe da Ouro Preto Investimentos, “o movimento do câmbio está muito mais contido, com investimentos saindo da Rússia e vindo para o Brasil, já que são dois países de commodities. O fluxo estrangeiro ainda é forte”.
A Ouro Preto, contudo, acredita que o dia deve ser marcado por forte queda, com o impacto preocupante da alta do petróleo, que deve contribuir com o aumento da inflação global.
Para o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, “o dólar sobe seguindo o ambiente externo, mas em outros momentos ele iria valorizar muito mais. Ainda há muita abundância de dólar no Brasil”.
Nagem acredita que o movimento do câmbio é peculiar: “Diferente da bolsa, que é colada no exterior, o dólar deve até mesmo ser um ponto de equilíbrio e segurar a inflação. Ele tende a oscilar menos e, no primeiro refresco, voltar a cair”, analisa.