Diversos

Dólar fecha em alta com demissão de Mandetta e discurso de Trump

A moeda norte-americana terminou esta quinta-feira, 16, cotada a R$ 5,2550 para venda no mercado à vista. Veja o que pode mexer com o câmbio nesta sexta

dólar
Foto: Pixabay

O dólar comercial fechou esta quinta-feira, 16, com alta de 0,22% no mercado à vista, cotado a R$ 5,2550 para venda. De acordo com a consultoria Safras, a sessão foi marcada por forte volatilidade.

Externamente, investidores aguardavam o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O chefe de Estado anunciou diretrizes para a reabertura da economia norte-americana. No Brasil, perto do fechamento, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca a “intensa volatilidade”, ao longo da sessão. “A moeda caiu na primeira hora repercutindo o indicador americano de pedidos de auxílio-desemprego, que veio melhor que o esperado, o que levou a moeda a transitar pela casa dos R$ 5,20”, comenta.

Em sessão de liquidez reduzida no mercado doméstico e com atuação do Banco Central (BC) com mais uma operação de swap cambial tradicional, a moeda voltou a oscilar em alta, mantendo-se acima do nível de R$ 5,25 exibindo piora após o estado de Nova York estender a quarentena até 15 de maio.

Aqui, o cenário político segue no radar dos investidores principalmente, após a demissão de Luiz Henrique Mandetta. “Querendo ou não, já estava no preço. O mercado estava esperando pela demissão, só não sabia o dia”, comenta a economista de uma corretora local.

Nesta sexta-feira, 17, indicadores da China deverão pesar na abertura dos negócios. Mais tarde, sairão os números da produção industrial e das vendas no varejo no país asiático em março, além do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.

“Os números são muito aguardados porque teremos um panorama da economia onde começou a pandemia [de novo coronavírus]. Certamente, os dados virão bem ruins. Um cenário nada animador”, avalia o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.