O dólar comercial fechou em queda de 0,67% no mercado à vista, cotado a R$ 4,094 para venda, abaixo do nível de R$ 4,10 pela primeira vez em seis semanas – desde 7 de novembro quando encerrou no mesmo valor. O otimismo do mercado veio com as notícias de que Estados Unidos e China fecharam um acordo comercial.
Na reta final dos negócios, a moeda renovou mínimas a R$ 4,083 (-0,94%) após a notícia da agência Bloomberg de que a primeira fase do acordo entre norte-americanos e chineses foi alcançada. Segundo a agência de notícias, os conselheiros de comércio da Casa Branca estão reunidos com o presidente Donald Trump neste momento para discutir o acordo e um anúncio oficial pode ser feito ainda hoje.
Segundo a publicação, se a China não cumprir suas promessas como parte do acordo em potencial, as tarifas retornariam aos seus níveis originais, uma cláusula conhecida nas negociações comerciais como uma provisão de “snapback”, segundo as fontes da agência.
Mais cedo, após Trump escrever em seu perfil no Twitter que as negociações estavam avançando e que tanto os Estados Unidos quanto a China queriam acordo. A mensagem, publicada no fim da manhã, fez a moeda acelerar as perdas e ter queda firme ao longo da tarde. O diretor de uma corretora local afirma que a assinatura do acordo pode resultar em um “rali de fim de ano”, com o dólar em busca do nível de R$ 4,05.
Nesta sexta-, em meio à agenda de indicadores mais esvaziada com destaque apenas para os dados sobre as vendas no varejo norte-americano em novembro, a expectativa do mercado é pelo acordo comercial entre Estados Unidos e China.
“O mercado vai operar em cima disso, com foco no acordo”, comenta o economista da corretora Renascença, Daniel Queiroz.