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Diversos

Dólar registra nova máxima histórica e fecha a R$ 4,323

Em sessão marcada por fortes oscilações, com investidores exibindo cautela em meio aos desdobramentos do coronavírus, a moeda chegou a bater R$ 4,33

dólar
Foto: Agência Brasil

O dólar comercial fechou praticamente estável, com ligeira alta de 0,02% no mercado à vista, cotado a R$ 4,323 para venda, no maior valor de fechamento após renovar máximas históricas intraday a R$ 4,33, em sessão de fortes oscilações com investidores exibindo cautela em meio aos desdobramentos do coronavírus.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca a volatilidade da moeda no qual operou sem direção única ao longo do pregão. “Abriu em queda seguindo o movimento externo, mas passou a subir respondendo a um cenário de cautela na expectativa de sinais mais claros sobre o tamanho do impacto do surto do coronavírus sobre a economia da China e de seus parceiros comerciais, como o Brasil”, comenta.

Rugik acrescenta que a chuva na grande São Paulo também afetou as operações do mercado financeiro no qual refletiu em menor liquidez, com o volume de negócios “abaixo da média para uma segunda-feira”.

Apesar das oscilações próximas à estabilidade, a moeda renovou máximas sucessivas em mais uma sessão deixando a moeda local ainda mais desvalorizada. Para o diretor da Correparti, se os próximos resultados dos indicadores dos Estados Unidos ficarem acima do esperado, a tendência é de que moeda siga apreciadas nesse nível no curto prazo.

“As vendas no varejo e a produção industrial podem ratificar a robustez da economia norte-americana após o forte relatório de empregos [payroll], acima do esperado”, diz. Nesta semana, serão divulgados os resultados desses indicadores em janeiro, além da inflação norte-americana.

Nesta terça-feira, 11, em agenda de indicadores mais esvaziada, quem fica no radar dos investidores são os Bancos Centrais. Enquanto lá fora, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, dará depoimento no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, no Brasil sai a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada.

Após o BC promover o quinto corte seguido da taxa básica de juros (Selic), no piso histórico de 4,25% ao ano, e sinalizar que avalia manter a taxa nesse patamar, o mercado deverá analistas os detalhes do documento, diz o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

“Vamos observar até porque o Banco Central reduziu a estimativa de inflação hoje”, comenta se referindo às estimativas do mercado divulgadas hoje no Boletim Focus no qual a projeção de inflação caiu pela sexta vez seguida, de 3,40% para 3,25%, de 3,58% há um mês.

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