Economia

Dólar recua mais de 1,5% com otimismo no exterior e atinge R$ 5,25

Além disso, as notícias divulgadas nesta segunda-feira, 20, sobre avanços em pesquisas de vacinas contra o novo coronavírus corroboram para o bom humor global

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Foto: Pixabay

O dólar comercial opera em queda de mais de 1,5% frente ao real, no patamar de R$ 5,25, refletindo o otimismo que prevalece no exterior após líderes da União Europeia aprovarem um plano de recuperação de 750 bilhões de euros da economia da região. Além disso, as notícias divulgadas nesta segunda-feira, 20, sobre avanços em pesquisas de vacinas contra o novo coronavírus corroboram para o bom humor global.

Às 9h47 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 1,64% no mercado à vista, cotada a R$ 5,2520 para venda, enquanto o contrato para agosto recuava 1,61%, a R$ 5,2540.

Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre o pacote de estímulos do bloco para responder aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus, após quatro dias de negociações.

O plano de recuperação é de 750 bilhões de euros, sendo 390 bilhões de euros em subsídios e o restante em empréstimos para os países mais afetados pela pandemia. Além do plano, líderes do bloco também concordaram com um orçamento de cerca de 1,0 trilhão de euros para entre 2021 e 2027.

O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destaca que o sentimento global de recuperação econômica mais forte ajuda os ativos locais hoje. Ele reforça que grande parte do otimismo vem das notícias sobre
progresso nos testes de vacinas contra a covid-19, além da aprovação do pacote de estímulo fiscal europeu.

“O plano, agora, precisa ser aprovado por cada um dos parlamentos dos países-membros, o que pode gerar algumas dificuldades mais localizadas, principalmente na Holanda, Suécia, Áustria e Dinamarca, cujos líderes vinham
defendendo uma posição mais austera em relação à magnitude da parcela de doações e às condições de gastos e pagamentos dos países mais beneficiadas pelos recursos”, avaliam os analistas do Bradesco.

Aqui, está previsto para hoje a ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Congresso para apresentar a parte inicial da proposta de reforma tributária, com a criação de uma contribuição sobre bens e serviços federal para substituir o PIS/Cofins. Apesar da sinalização de que uma reforma poderá ser discutida neste ano, o economista de uma corretora local lembra que”a discussão deve ser grande”.