O dólar comercial fechou esta segunda-feira, dia 11, cotado a R$ 3,7630 para venda, alta de 0,80%. Neste quarto pregão em elevação, a moeda reagiu ao movimento de aversão ao risco global em meio as preocupações com a guerra comercial entre os Estados Unidos e China. Nesta semana, representantes dos dois países se reunirão para negociar.
Com a volta do mercado asiático aos negócios, após uma semana fora em comemoração ao ano novo lunar na China, a semana começou com a cautela prevalecendo no mercado global. “Influenciada, principalmente, pela tensão quanto a guerra comercial entre norte-americanos e chineses que têm até 1 de março para chegar a um acordo comercial, antes que os norte-americanos elevem as tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em importações chinesas”, comenta o economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
“O exterior fez essa pressão no câmbio hoje, tanto que o real ficou equiparado com o movimento de queda das principais moedas [de países] emergentes, que também foram influenciadas pelo recuo do petróleo”, comenta o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.
Nesta terça-feira, dia 11, com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções do mercado se voltam à Pequim, onde está a delegação do governo norte-americano para uma nova rodada de conversas com a China sobre a guerra comercial e ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell.
“É sempre importante acompanhar o Powell. Vamos ver se ele manterá o discurso do último comunicado do Fed, reiterando a ‘paciência'”, diz Spyer.
O diretor da Mirae reforça que o viés da moeda ainda deve ser de alta, com o mercado em “compasso de espera” pela reforma da Previdência e tendo o trade war como pano de fundo.
Bolsa de São Paulo
O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, encerrou o pregão em queda de 0,98%, aos 94.412 pontos. O recorde do índice, de 98.588 pontos, foi registrado no último dia 4.