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Economia

Dólar vai a R$ 5,66 com saída de Moro e tem maior alta semanal desde 2008

Em semana marcada por forte aversão ao risco local, o dólar se valorizou em 8,05%, maior alta percentual semanal desde novembro de 2008

Dólar
Foto: Pixabay

O dólar comercial fechou em forte alta de 2,49% no mercado à vista, cotado a R$ 5,661 para venda, renovando a máxima histórica de fechamento pelo terceiro pregão seguido, em dia de forte volatilidade em meio à crise no ambiente político após o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, deixar a pasta mostrando divergências com o presidente Jair Bolsonaro.   

“O ambiente de extrema fragilidade econômica, política e institucional pelo qual o país passa, justifica o que está ocorrendo na precificação dos ativos, que de uma forma ou de outra, estão vinculados ao interno. O agravamento da crise elevou substancialmente o risco país”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes. 

Ele acrescenta que o pedido de demissão de Moro representa “o suicídio político de Bolsonaro e o retorno da velha política do ‘toma lá dá cá’, em acordos com os partidos políticos que compõem o [chamado] centrão como DEM e parte do MDB”.

Para o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, avalia que o que impactou o mercado foi a justificativa dada por Moro ao pedir demissão. “Pesou mais no mercado porque ele citou interferência política. A saída em si teria feito menos preço não fosse o discurso contundente do ex-ministro”, diz.   

Em semana marcada por forte aversão ao risco local, o dólar se valorizou em 8,05%, maior alta percentual semanal desde novembro de 2008. Enquanto chegou aos 41% de valorização em 2020, com o real ficando entre os piores desempenhos do ano.  

Na semana que vem, marcada por feriado na Ásia, na Europa e aqui, o destaque fica com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central Europeu (BCE), quarta e quinta-feira, respectivamente. Na agenda, tem ainda dados de abril da indústria e de serviços na China, enquanto nos Estados Unidos tem a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano e números da confiança do consumidor e da atividade industrial no mês.     

Para Faganello, o mercado deverá seguir precificando a crise política com receio de investidores de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, poderia ser o próximo ministro a deixar o cargo.

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