O diretor de Sustentabilidade, Novos Negócios, Relações Institucionais e Sustentabilidade da Tereos, Felipe Mendes, avaliou que o etanol deverá ser fundamental para o processo descarbonização global, mas alertou que a indústria deve melhorar a comunicação para aumentar a presença do produto no mercado.
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“Precisamos vender os atributos do etanol, seja para o consumidor, seja para o público internacional. Acho que a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) tem trabalhado bastante nisso, e vimos resultados ao longo deste ano, com o consumidor entendendo melhor o etanol”, disse, durante a roda de conversa “Desafios e Caminhos para a Descarbonização no Setor Sucroenergético”, promovida nesta segunda-feira, em São Paulo, pela Tereos.
As oportunidades para o etanol brasileiro são ainda maiores na comparação com outros países, em função da sua maior sustentabilidade. “O Brasil e o nosso etanol têm uma vantagem competitiva quando comparados ao etanol produzido nos Estados Unidos ou na Europa, principalmente em termos de emissões de carbono”, disse.
O executivo citou o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) como alternativa importante para aumentar a demanda global por etanol. “No SAF, o etanol pode capturar até 25% desse mercado. Além disso, temos o metanol, especialmente na Europa, onde já existe uma regulamentação para o uso de metanol no combustível marítimo, enquanto no Brasil ainda não temos isso. A mistura na Europa está começando com 2% e deve chegar a 10% nos próximos três anos”, afirmou.
O diretor de Sustentabilidade da Tereos também citou a expectativa de aumento da demanda por biometano.