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Guerra comercial leva dólar à quarta semana seguida de alta

Na semana, o dólar se valorizou em 1,23% e o viés de cautela prevaleceu na sessão após o fechamento desta quinta

O dólar comercial fechou em alta de 0,35% no mercado à vista, cotado a R$ 3,9410 para venda, fechando uma semana de forte volatilidade nos ativos e cautela dos investidores após a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, iniciada no fim da semana passada, mas com fortes desdobramentos ao longo desta semana. Na semana, o dólar se valorizou em 1,23% e acumula quatro semanas seguidas de alta. 

O viés de cautela prevaleceu na sessão após alívio nesta quinta, que levou o dólar a se depreciar frente às principais moedas globais – rompendo oito altas seguidas frente ao real – com a escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

A disputa deteriorou o cenário internacional nos últimos dias diante da reação do país asiático ao anúncio da cobrança de tarifas adicionais pelos Estados Unidos, o que fez suspender compras adicionais de produtos agrícolas norte-americanos e forçar uma depreciação da moeda chinesa (yuan).

“As sinalizações recentes sugerem que estamos muito distantes de um acordo definitivo”, comenta a equipe econômica do Bradesco. Na semana passada, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a elevação das tarifas de importações para 10% sobre US$ 300,0 bilhões em produtos importados da China a partir do mês que vem.  

Após a desvalorização do yuan, Trump acusou os chineses de “manipularem a moeda”, comentários que reduziram as chances de um abrandamento dos conflitos no curto prazo e elevam temores de desaceleração da economia global, impulsionado ainda pelo início do ciclo de afrouxamento da política monetária por bancos centrais ao redor do globo. Entre eles, o brasileiro e dos Estados Unidos.

Aqui, o destaque foi a conclusão da tramitação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, votada em segundo turno na volta do recesso parlamentar. O “bastão” já foi passado para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Analistas ressaltam que o mercado local já precificou a aprovação do texto, que “começa a ficar” em segundo plano.