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Economia

Guerra na Ucrânia completa dois meses; analistas falam dos impactos para economia no Brasil e no mundo

Aumento da inflação e elevação ainda maior nos custos de produção estão entre as preocupações citadas por especialistas

A invasão russa à Ucrânia já dura 62 dias e sem sinal de um fim próximo. Segundo órgãos das Nações Unidas, neste período, o conflito deixou pelo menos 2,6 mil civis mortos  e mais de  3 mil pessoas feridas, números que a ONU admite serem muito maiores devido à dificuldade da apuração. Além disso, mais de 5 milhões de ucranianos deixaram o país.

A crise humanitária no Leste Europeu ainda gera reflexos negativos para a economia. Segundo o professor de economia da Universidade Federal de São Paulo (USP), Celso Grisi, a inflação é um desses problemas. 

“O grande prejuízo é a alta dos preços internacionais em função das altas das commodities agrícolas, metálicas e energéticas. Tudo isso pressiona os preços, que acabam impactando nossa economia local”, diz Grisi.

“Para o agro, temos uma elevação de custo ainda maior. Por isso, temos que estar alerta na administração dos custos, para converter as margens e conseguir os preços mais altos no mercado externo”, complementa.

Para o cientista político e professor do Insper, Leandro Consentino, o conflito entre Rússia e Ucrânia ainda está longe do fim.

“Temos um momento de impasse entre as duas nações que dificilmente será resolvido no curto prazo. Os países adotam posturas que são irreconciliáveis, e com esse atrito, aumentam as incertezas em torno da economia”.

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