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GUERRA COMERCIAL

Haddad alerta: Brasil pode sofrer impacto das políticas de Trump

Ministro da Fazenda prevê desafios na relação bilateral e aposta na diplomacia

Após atentado, Trump confirma candidatura à Casa Branca
Foto: Instagram/@realdonaldtrump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse acreditar que o Brasil deve sofrer consequências das políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, porque o país já criou conflitos com várias outras nações e o Brasil não deve ficar de fora. “Como eles estão abrindo guerra com o mundo inteiro, não vão preservar o Brasil. Certamente isso não vai acontecer”, previu durante entrevista à GloboNews.

Haddad ponderou que uma saída sobre algum entrave entre as partes pode ser por meio da diplomacia e de negociações. “Quando for para uma mesa de negociação, eles vão botar o etanol na mesa, eles vão botar o açúcar na mesa, eles vão botar o quê? Nós vamos botar os serviços na mesa”, disse, acrescentando que há uma longa negociação a acontecer e que, no passado, o Brasil “se deu bem” na diplomacia, porque o Brasil tem uma grande diplomacia. “O Brasil sabe lidar com esse tipo de coisa. Então, nós não estamos levando combustível para essa fogueira. Nós estamos deixando eles apresentarem o plano de voo da relação conosco”, explicou.

O ministro salientou que o governo aguarda o que o governo Trump pensa da relação com o Brasil. “Até agora nós sabemos muito pouco sobre o que se pretende”, considerou, voltando a lembrar que os EUA têm uma relação superavitária com o Brasil. Haddad disse entender que haverá novidades nas próximas semanas em relação a uma visão mais de conjunto, mas que não vê grande ganho numa retaliação dos Estados Unidos em relação ao Brasil.

O chefe da Fazenda comentou também que, embora “forças políticas” estejam pedindo a intervenção dos EUA no Brasil, isso não deve prosperar. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro, anunciou esta semana que pretende se desligar da Câmara e permanecer nos EUA e que não deve voltar ao país enquanto Alexandre de Moraes continuar como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Vamos deixar as semanas correrem, vamos aguardar para ver o fechamento desse entendimento, o que se põe na mesa de uma vez por todas, avaliar toda a pauta de importação e exportação, item por item, para quando nós formos para a mesa, a gente poder também apresentar as nossas reivindicações”, afirmou.

Haddad comentou ainda que o presidente Lula não fala em retaliação em relação aos Estados Unidos. “Ele não fala em nada disso. Ele fala em reciprocidade”, disse. “O presidente Lula já se deu muito bem com presidentes republicanos. Tudo bem que nenhum com o perfil do atual presidente, mas ele não faz distinção entre partidos, ele tá negociando com o chefe”, pontuou Haddad.

Assim que foi questionado sobre Trump, o ministro disse que não há ninguém interessado em saber o que ele pensa pessoalmente do republicano. “Sem prejuízo de uma avaliação pessoal, de uma pessoa com um comportamento que eu posso discutir em casa, numa mesa de bar, conversando com meus amigos, ninguém está interessado em saber o que eu penso a respeito dele pessoalmente. O que importa é a relação bilateral do Brasil com os Estados Unidos.”

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