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CRESCIMENTO

IBGE: Índice de Preços ao Produtor (IPP) mensal sobe 0,61% em agosto

Desempenho positivo da indústria de alimentos pode ser explicado pela alta de preços da carne bovina

Inflação oficial fica em 0,12% em julho, diz IBGE, IPCA, FAT, desoneração
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Pela sétima vez seguida os preços da indústria nacional registraram crescimento, com ganho de 0,61% em agosto de 2024 frente a julho. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (26) pelo IBGE, acumula alta de 6,42% em 12 meses, enquanto o acumulado no ano ficou em 4,76%. Em agosto de 2023, a taxa mensal havia sido de 0,75%.

Em agosto de 2024, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço quando comparadas ao mês anterior, acompanhando a variação do índice na indústria geral.

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Em julho deste ano, 21 atividades haviam apresentado maiores preços médios em relação ao mês anterior. Após um período com registros negativos, o IPP em 2024 chega ao seu sétimo resultado positivo seguido.

O crescimento verificado em agosto foi um pouco menor do que o de julho, com destaque para os aumentos de preços nos setores de alimentos e outros produtos químicos. Por outro lado, a variação negativa obtida pela atividade de indústrias extrativas ajudou a conter o quadro inflacionário na indústria, explica Alexandre Brandão, gerente do IPP.

As atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de agosto foram alimentos (0,32 p.p.), indústrias extrativas (-0,25 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,12 p.p.). Em termos de variação, indústrias extrativas (-5,06%), impressão (2,85%), outros produtos químicos (2,42%) e móveis (2,04%) foram os destaques em agosto.

O setor de alimentos (1,33%) mostrou variação positiva pelo quinto mês seguido. O acumulado no ano está em 3,42%, diferente do que foi observado em agosto de 2023, quando a variação acumulada atingiu -6,14%. Já em relação à variação acumulada em 12 meses, o resultado de 7,10% registrado em agosto de 2024 é o maior desde outubro de 2022 (8,15%).

Esse desempenho da indústria de alimentos pode ser explicado pela alta de preços da carne bovina, em decorrência de problemas na oferta do produto e uma melhora da renda da população, que por sua vez acarreta um aumento da demanda por carne. Também houve crescimento da demanda por arroz.

Já o preço do café, que vem subindo há algum tempo, se deve à conjuntura internacional, com sérios problemas na produção do Vietnã que desestabilizaram a oferta no mundo todo, acrescenta Alexandre.

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