Atividade na China frustra expectativas de alta e cai em novembro. Em NY, o mercado espera que o PCE de outubro (10h30) confirme a desaceleração das taxas trimestrais do índice e do núcleo, que ontem deram o contraponto para o crescimento acima do esperado do PIB/3Tri (5,2%) para ampliar as apostas de que o Fed poderá antecipar para março o primeiro corte do juro nos EUA. Antes disso, a Opep+ pode anunciar um novo corte de até 1 milhão de bpd na produção de petróleo.
Aqui, o investidor acompanha a AGE da Petrobras, que começa às 14h, para decidir mudanças no estatuto e provisão para dividendos, e o julgamento sobre os precatórios no plenário virtual do STF, iniciado à meia-noite, que tem grande importância para os planos da Fazenda de cumprir as regras do novo arcabouço.
A ação da AGU pede autorização do STF para quitar o estoque de R$ 95 bilhões em precatórios ainda neste ano, via crédito extraordinário e sem a contabilização da despesa na meta fiscal. Antes mesmo do pedido de vista de André Mendonça, na 2ªF, a Corte já havia formado maioria favorável para atender o governo.
Em paralelo, seguem as negociações no Congresso para o avanço da pauta econômica. Nesta 4ªF, o Senado aprovou, sem alterações, o PL de taxação dos fundos exclusivos e offshores, que segue para a sanção presidencial. Já a votação do PL das apostas esportivas ficou para a semana que vem. Também instalou a comissão mista que vai discutir o texto da subvenção do ICMS.
Em outra frente, Lula disse em Riad que Haddad está trabalhando para apresentar uma alternativa à prorrogação da desoneração da folha (até 2027), na tentativa de evitar que o Congresso derrube o veto.
ENERGIA EÓLICA – O PL que cria o marco legal da produção de energia eólica offshore (em alto-mar) no Brasil, e que faz parte da agenda verde de Lira, foi aprovado na Câmara por 403 votos contra 16, e vai agora para o Senado. Na última hora, o relatório incluiu benefícios para as termelétricas a carvão mineral, uma medida que pode gerar um custo extra de até R$ 5 bilhões.
FORA DO TETO – No Senado, governo e oposição se uniram para aprovar nesta 4ªF o projeto de autoria de Humberto Costa (PT) para tirar do arcabouço as despesas do bolsa poupança. O programa de incentivo aos estudantes de baixa renda (ou os acordos) emplacou 61 votos a favor e nenhum contra. Vai à Câmara.
MAIS AGENDA – IBGE divulga hoje (9h) a Pnad Contínua, com a taxa de desemprego do trimestre encerrado em outubro, que deve recuar ligeiramente de 7,7% para 7,6%. Gabriel Galípolo fala (15h) em evento do JPMorgan, em SP. Ailton de Aquino (Fiscalização) participa, às 9h30, de evento do Projeto Equalizar. Campos Neto participa da reunião virtual do CMN, que começa às 15h. O dado do fluxo cambial semanal sai às 14h30.
LÁ FORA – Sai o PCE, que deve desacelerar na margem, para 0,1% em outubro (de 0,4% em setembro), e na base anualizada, para 3,0%, contra 3,4% em igual intervalo de 2022. Ainda nos EUA, saem o auxílio-desemprego (10h30) e o PMI de outubro medido pelo ISM/Chicago. Às 12h, saem as vendas pendentes de imóveis em outubro. Na zona do euro, a inflação também é destaque nesta 4ªF, com a leitura preliminar do CPI de novembro, às 7h.
CHINA HOJE – O PMI industrial oficial caiu de 49,5 em outubro para 49,4 em novembro, pior do que a previsão de analistas consultados pelo FactSet (49,7). Também o PMI de serviços recuou de 50,6 em outubro para 50,2, contrariando a estimativa de subir a 51.