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Economia

IPCA recua 0,29% em setembro; leite longa vida cai mais de 13%

O grupo alimentação & bebidas passou de alta de 0,24% em agosto para queda de 0,51% em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de -0,29%, terceiro mês seguido de deflação. Foi a menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica. No ano, o IPCA acumula alta de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, abaixo dos 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,16%. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda em setembro. Apesar de recuar menos do que no mês anterior (-3,37%), o grupo dos transportes (-1,98%) contribuiu novamente com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês: -0,41 ponto percentual (p.p.). Na sequência vieram comunicação (-2,08%) e alimentação & bebidas (-0,51%), ambos com -0,11 p.p.

Além disso, o grupo artigos de residência, que havia subido 0,42% em agosto, recuou 0,13% em setembro. No lado das altas, destacam-se os grupos vestuário (1,77%), com a maior variação positiva do mês, e despesas pessoais (0,95%), com a maior contribuição positiva (0,10 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de educação e o 0,60% de habitação.

IPCA dentro do grupo de transportes

ICMS-Combustível
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os transportes (-1,98%) registraram queda pelo terceiro mês consecutivo. Assim como nos meses anteriores, o resultado é consequência da redução no preço dos combustíveis (-8,50%). A gasolina (-8,33%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro (-0,42 p.p.). Os outros três combustíveis pesquisados também apresentaram queda: etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%).

Cabe mencionar ainda o recuo nos preços das motocicletas (-0,08%), dos automóveis novos (-0,15%) e dos automóveis usados (-0,38%), que haviam subido no mês anterior. Nos transportes públicos, a variação negativa do subitem ônibus urbano (-0,34%) deve-se à redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-4,29%), válida desde 11 de setembro.

Ainda em transportes, destaca-se a alta de 8,22% nas passagens aéreas, após a queda de 12,07% em agosto. Dessa forma, elas tiveram o maior impacto individual positivo no índice de setembro (0,05 p.p.), entre os 377 subitens pesquisados. Além disso, houve aumento do transporte por aplicativo (6,14%), que havia caído 1,06% em agosto.

Outros grupos mensurados

Foto: Freepik

O recuo do grupo comunicação (-2,08%) foi puxado por acesso à internet (-10,55%) e por telefonia, internet e TV por assinatura (-2,70%). Juntos, os dois subitens contribuíram com -0,09 p.p. no IPCA de setembro.

Nesse sentido, o grupo alimentação & bebidas passou de alta de 0,24% em agosto para queda de 0,51% em setembro, puxado pela alimentação no domicílio (-0,86%). Os preços do leite longa vida caíram 13,71%, contribuindo com -0,15 p.p. no resultado do mês. Apesar da queda, o produto ainda acumula alta de 36,93% nos últimos 12 meses.

Destaca-se também a redução nos preços do óleo de soja (-6,27%), com impacto de -0,02 p.p. A saber: entre as altas, a maior contribuição (0,02 p.p.) veio da cebola (11,22%), que havia subido 5,12% em agosto.

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