Economia

IPCA tem alta em março; carnes caem 1,06%

O grupo transportes foi o destaque no índice de março, sendo responsável pelo maior impacto (0,43 p.p.) e maior variação (2,11%)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,71% em março. No ano, a inflação acumula alta de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, abaixo dos 5,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a variação foi de 1,62%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O grupo transportes foi o destaque no índice de março, sendo responsável pelo maior impacto (0,43 p.p.) e maior variação (2,11%). Em seguida vieram saúde & cuidados pessoais (0,82%) e habitação (0,57%), que desaceleraram em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente. Por outro lado, artigos de residência (-0,27%), que teve alta de 0,11% em
fevereiro, foi o único grupo pesquisado a registrar queda este mês. Os demais ficaram entre o 0,05% de alimentação & bebidas e o 0,50% de comunicação.

A gasolina (8,33%), subitem com maior impacto individual no índice de março (0,39 p.p.), teve grande peso na alta verificada em transportes. O etanol (3,20%) também subiu. Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela medida provisória 1157/2023. “Havia, portanto, a
previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida.

Outros itens do IPCA

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) continuaram em queda no IPCA de março. Já as passagens aéreas, que haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% desta vez. Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram em Transportes.

O grupo saúde & cuidados pessoais, por sua vez, foi impactado principalmente pela alta de 1,20% do plano de saúde, que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. Numa comparação com o mês anterior (2,80%), os itens de higiene pessoal (0,72%) apresentaram uma variação menos intensa. Os artigos de maquiagem subiram 4,80%, enquanto os produtos para pele tiveram queda de 2,42% em março.

No grupo habitação (0,57%), a maior contribuição (0,09 p.p.) veio da energia elétrica residencial (2,23%). As variações das áreas ficaram entre -0,65% em Belém, onde houve redução de PIS/COFINS e aumento da alíquota de ICMS, até 9,79% em Porto Alegre, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do ICMS. O mesmo ocorreu em outras áreas, como Belo Horizonte (4,43%), Curitiba (3,88%) e Vitória (2,86%). No Rio de Janeiro (2,57%) foram aplicados reajustes de 7,49% e de 6% nas duas concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março.

Em alimentação e bebidas (0,05%), a queda da alimentação no domicílio, que passou de 0,04% em fevereiro para -0,14% em março, exerceu grande influência. Batata-inglesa (-12,80%) e óleo de soja (-4,01%) tiveram recuos mais intensos na comparação com fevereiro. Cebola (-7,23%), tomate (-4,02%) e carnes (-1,06%) também tiveram redução. Por outro lado, cenoura (28,58%) e ovo de galinha (7,64%) foram os destaques dentre as altas.

Editado por: Anderson Scardoelli.

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