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Nacional

José Mauro Coelho pede demissão da presidência da Petrobras

Escalada de críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo mandatário da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, motivou a saída

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José Mauro Coelho. Foto: Agência Brasil

Depois de o governo aumentar a pressão, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu para deixar o cargo na manhã desta segunda-feira (20). A informação foi confirmada pela empresa e já era ventilada por fontes próximas ao executivo desde sábado.

“A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”, informou a estatal em nota à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Coelho foi o terceiro executivo a comandar a Petrobras na gestão Bolsonaro. Segundo a empresa, ele também deixa o cargo de membro do Conselho de Administração da estatal.

Motivo da saída

A saída de Coelho ocorre após uma escalada de críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PL), intensificadas pelo anúncio da última sexta-feira (17), quando a Petrobras divulgou novos aumentos no preço da gasolina (5,18%) e do diesel (14,26) para as distribuidoras.

Novo anúncio de aumento da gasolina e do diesel foi determinante para a saída do executivo. Foto: Roberto Frazão/Agência Brasil

Após o anúncio dos novos valores, Bolsonaro defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa, seus diretores e conselheiros.

Segundo o chefe do Executivo, seus aliados no Congresso devem pedir a abertura do inquérito ainda nesta segunda-feira. A proposta ganhou apoio também entre os políticos da oposição ao governo.

Gestão curta na Petrobras

José Mauro Coelho assumiu oficialmente a presidência da Petrobras em 14 de abril deste ano. Ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, foi indicado ao cargo após desistência de Adriano Pires.

Sua gestão, de pouco mais de dois meses, foi marcada por pressões e polêmicas sobre o reajuste dos preços dos combustíveis.

Coelho é defensor da política de paridade da estatal, que vincula os preços dos combustíveis às cotações do dólar e do petróleo no mercado internacional.

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