O Porto de Paranaguá recebe a maior carga de fertilizante da sua história.
No píer exclusivo para os adubos, 73.310 toneladas de sulfato de amônio são descarregadas desde a última sexta-feira (13).
A previsão é que a operação, que depende de condições meteorológicas, esteja concluída até esta quinta-feira (19).
Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, antes deste, a maior carga de fertilizante recebida havia sido com o navio Lord Byron, em julho de 2022.
À época, foram descarregadas 64.777 toneladas de fertilizantes à base de nitrogênio e fósforo.
“Estamos recebendo navios maiores e mais carregados graças aos recentes investimentos na infraestrutura marítima”, disse Júnior. “Obras como a derrocagem das pedras da Palangana e a dragagem de manutenção permanente propiciaram ganhos operacionais para os terminais, com aumento da profundidade”.
O navio Red Marlin está atracado no berço externo do píer operado pela Fospar, que opera com calado de 12,30 metros.
A embarcação tem 229 metros de comprimento e capacidade para carregar até 85 mil toneladas de granéis.
A carga veio do porto chinês de Tianjin, exportada pela empresa Yunnan, representada no Brasil pela Fertibroker. A agência marítima responsável pela embarcação é a Orion.
Fertilizantes
Os portos paranaenses são as principais portas de entrada dos fertilizantes no Brasil.
Em 2022 foram importadas quase 10 milhões de toneladas pelos terminais de Paranaguá e Antonina.
O volume representa 27,5% de tudo o que o país recebe em adubos.
Além do píer privado (Fospar), com dois berços exclusivos, no Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de granéis sólidos de exportação.
No cais público, os navios com a carga ainda podem atracar e descarregar por qualquer outro berço que não esteja ocupado. Em Antonina, são dois berços que podem operar os produtos.
A capacidade estática de armazenagem dos produtos, nos portos do Paraná, é de mais de 3 milhões de toneladas de fertilizantes.