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Porto de Paranaguá diminui fila de caminhões e melhora eficiência

Novos projetos devem elevar a movimentação de 53 milhões de toneladas, em 2018, para 80 milhões de toneladas, em 2030

Porto de Paranaguá
Fonte: Rodrigo Leal / Appa

O Porto de Paranaguá, principal complexo exportador de grãos e derivados do Brasil, é considerado um modelo no segmento devido à alta produtividade. Esse bom rendimento é obtido por meio de um sistema de tecnologia da informação que controla o fluxo de carga desde o carregamento até o embarque. Dessa forma, é possível, por exemplo, escalonar a chegada de caminhões respeitando a quantidade que o pátio comporta, que atualmente é de mil veículos.

 

Controlar o fluxo de carga tem sido fundamental para dar maior eficiência à operação portuária, já que produtor, operador portuário e as embarcações podem se programar. “Os usuários estão satisfeitos com a performance do porto, que, com esse sistema de controle de fluxo, tem conseguido eliminar todas as filas no entorno do complexo, da BR-377 principalmente”, conta Luiz Teixeira da Silva Junior, diretor de operações do Porto de Paranaguá.

 

Vários projetos estratégicos estão em andamento para modernizar as operações e elevar a capacidade do porto na próxima década. Uma das obras que deve ser concluída ainda neste ano contempla o corredor oeste de exportação. Lá, onde cinco terminais estão interligados, o berço para granel sólido está sendo reformado a fim de ter sua capacidade elevada de 2 milhões para 6,5 milhões de toneladas. A execução dos novos projetos deve elevar a movimentação global do Porto de Paranaguá de 53 milhões de toneladas (entre exportações e importações de diversos segmentos) em 2018, para 80 milhões de toneladas em 2030.

 

Entre os produtos do agronegócio, o porto movimentou 30 milhões de toneladas, sendo 10 milhões de importações, na maior parte de fertilizantes, e 20 milhões de exportações de grãos e derivados, em especial trigo, soja, farelo e óleo. Partindo de Paranaguá, os principais destinos dos grãos brasileiros são a China e países europeus, cuja entrega está centralizada no porto de Roterdã. Em média, um navio demora 30 dias para chegar à China e 15 dias para atingir os portos europeus.

 

A logística de embarque para exportação de grãos no Porto de Paranaguá funciona da seguinte maneira:

 

– Os embarques são realizados no corredor de exportação da parte leste, que é um complexo com nove terminais interligados e três berços de navios e carregamento simultâneo.

 

– Os grãos chegam a Paranaguá por operadores portuários (que são os nove terminais lá existentes). Quando a carga é autorizada a sair da origem e seguir para o porto, ela já está vinculada ao navio em que o produto será carregado.

Fonte: Appa

– A qualidade dos grãos é controlada na entrada. “Existe um padrão mínimo e, no momento em que o caminhão entra no pátio de triagem, é retirada uma amostra para avaliação. Se estiver em patamar inferior ao padrão, o caminhão não é descarregado”, conta Teixeira.

 

– Após essa avaliação, os grãos são armazenados em silos horizontais. A capacidade estática do porto para esse armazenamento é de 1,2 milhão de toneladas.  “Como a velocidade de embarque é maior que a de recepção, esse armazenamento funciona como controlador de fluxo para carregar os navios”, conta Teixeira. Os grãos permanecem nesse armazenamento, por, no máximo, 10 dias.

 

– O produto é embarcado a granel nos sete porões dos navios.

 

– Os navios têm capacidade variada, mas a média é de 65 mil toneladas por embarcação. Cada navio leva entre 36 a 48 horas para ser carregado. O trabalho é feito por dois carregadores automáticos, cada um com capacidade de 2 mil toneladas por hora.

 

– Em média, são embarcadas 70 mil toneladas por dia no Porto de Paranaguá (o que equivale a um navio/dia). “Em 2019 esperamos embarcar pelo menos o mesmo volume de 2018, mas temos capacidade de movimentar entre 20% a 30 % a mais”, conta Teixeira. Segundo ele, o terminal escoa em especial a produção de grãos do Paraná, sul de Mato Grosso, São Paulo e Goiás.  

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