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Economia

Fretes do agronegócio estão entre os mais caros do país, aponta Fretebras

Frete do agronegócio aumentou 3,9% entre maio de 2021 e maio de 2022, mas reajuste do diesel foi de 53,11% no mesmo período

Entre maio de 2021 e maio de 2022, o preço do frete rodoviário do agronegócio aumentou 3,92%, enquanto o preço do diesel S500, no mesmo período, subiu 53,11%. É o que aponta o Índice Fretebras do Preço do Frete (IFPF).

Com a nova alta de 14,26% anunciada em 17 de junho pela Petrobras, a expectativa da Fretebras é que os caminhoneiros autônomos intensifiquem as negociações dos fretes do setor, para tentar compensar a escalada no custo do transporte.

Diante deste cenário, a Fretebras realizou uma enquete com mais de 1.300 motoristas. O resultado mostra que 44,8% dos caminhoneiros dizem que consideram deixar a profissão em breve, devido ao aumento nos custos do transporte.

“Apesar das iniciativas do governo de gerar mudanças positivas neste cenário de diesel muito alto, como o teto do ICMS e a redução do gatilho nos ajustes da tabela de preço mínimo, a verdade é que o principal fator que influencia no valor dos fretes é a lei de oferta e demanda. Se os caminhoneiros não aceitarem mais viajar a um preço que não compensa, naturalmente o valor do frete vai aumentar. Está nas mãos dos próprios caminhoneiros a força para influenciar o preço no curto prazo, mas para isso eles precisam saber calcular bem os custos do trajeto”, explica o diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad.

Segundo o executivo, o cenário é de desafio no dia a dia dos caminhoneiros, que cada vez mais precisam estar atentos e fazer as contas, para entender quando um frete vale a pena ou não. Eles são os maiores impactados e tudo indica que o motorista autônomo tem negociado mais e melhor, usando mais informações como referência para a sua negociação.

“Nós entendemos a real dificuldade do caminhoneiro em fazer o cálculo dos gastos. Por isso, incluímos no nosso aplicativo uma calculadora de custo do frete que permite a qualquer motorista saber a despesa do trajeto antes de negociá-la. Outro fator que dá mais poder de negociação para o motorista é ter muitos fretes à disposição. Os fretes do agronegócio representam quase 40% de todas as cargas de nossa plataforma e nós notamos que nossos caminhoneiros parceiros têm rodado com mais lucro, justamente porque podem escolher entre milhares de fretes que temos disponíveis. É um reequilíbrio na balança das negociações”, completa.

O índice da Fretebras avalia três grandes setores que representam mais de 50% do PIB da economia brasileira: agronegócio, produtos industrializados e construção. Entre maio de 2021 e maio de 2022, o maior aumento no preço do frete foi registrado na categoria de produtos industrializados (+4,17%), seguido do agronegócio (+3,92%) e da construção (+1,31%).

Desequilíbrio entre preço do frete e diesel é realidade em todo o Brasil

No cenário nacional, entre maio de 2021 e maio de 2022, o custo do transporte por quilômetro rodado por eixo atingiu alta recorde de 3,79%, enquanto o preço do diesel S500, no mesmo período, subiu 53,11%. De abril para maio de 2022, também houve um maior aumento do diesel (+3,67%) em relação ao preço do frete, que ficou praticamente estável (+0,98%).

As regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores altas no frete rodoviário, de 7,20% e 4,10%, respectivamente, no comparativo anual. Dentre os Estados, os de mais destaque foram São Paulo que obteve uma alta de 8,09% e Santa Catarina que registrou aumento de 6,82%.

Metodologia

Os dados que compõem o Índice Fretebras de Preço do Frete (IFPF) têm base na análise de cerca de 4 milhões de fretes cadastrados até maio de 2022. A plataforma conta com mais de 700 mil caminhoneiros cadastrados e 18 mil empresas assinantes. Os fretes publicados cobrem 95% do território nacional. Foram analisados também os preços de combustíveis publicados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), principal índice de preço de combustíveis no Brasil.

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